domingo, 15 de abril de 2012

O crescente desconforto de ir ao Bahrein

Terminado o GP da China, com a vitória inaugural de Nico Rosberg, no seu Mercedes, começa uma semana louca na Formula 1, em todos os aspectos, quer logísticos, quer em termos de segurança, com muita gente a ir ao pequeno e turbulento emirado com o coração nas mãos, e com a população a prometer um comité de boas vindas aos que irão aparecer...

Ao longo do final de semana, várias noticias apareceram em relação ao episódio barenita. Exemplos: na sexta-feira à noite, Joe Saward contou no seu blog que o episódio que decidiu a ida da Formula 1 para a pequena ilha do Golfo Pérsico foi decidido em apenas... cinco minutos, e com apenas Bernie Ecclestone a falar, e os responsáveis das equipas nem sequer abriram a boca para falar. No final, de forma anónima, continuaram a expressar as suas desconfianças e a ficaram crescentemente desconfortáveis com a situação. 

Aos poucos, as pessoas dentro do paddock começam a tomar decisões em relação ao Bahrein, e a cada hora que passa, sente-se o desconforto, pelo menos em relação aos meios de comunicação social. Este sábado, em  Xangai, ficou-se a saber que a MTV3 finlandesa, a Fuji TV japonesa e a Sky alemã não enviarão os seus jornalistas para o Bahrein e que farão uma simples transmissão dos seus estúdios.

Entretanto, apesar de muita gente afirmar que de facto, o que se passa por lá em termos de manifestações e repressão é largamente sobrevalorizado, o fato é que existem manifestações diárias e respectivas cargas policiais, e tais coisas não podem ser menosprezados, agora que a FIA confirmou que a Formula 1 irá estar presente no pequeno emirado do Golfo. Essa incerteza é dita por jornalistas como o britânico James Allen

De fato, esta vai ser uma semana muito longa, e espera-se o inesperado. Os ativistas já prometeram "três dias de raiva" no fim de semana do Grande Prémio, e claro, já começaram a queimar as efiges de Bernie Ecclestone, ao lado dos do prinipe herdeiro, o homem que trouxe a Formula 1 ao seu reino. 

E claro, os temores de que a Formula 1 sofrerá por ter apoiado um dos lados aumentam significativamente, como diz nesta matéria do jornal The Guardian... 

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