A dois dias do Grande Prémio do Bahrein, sei que pelos menos dois terços das cadeias de televisão e restante imprensa primaram-se pela ausência do país, quer devido aos receios das manifestações locais, quer pelo protesto da decisão da FIA em ir a um local onde o governo usou o Grande Prémio como arma politica, com a anuência da FIA e de Bernie Ecclestone.
O que não sabia era que isto também está a causar um impacto junto dos patrocinadores. Segundo uma noticia veiculada hoje pela Agência Reuters, grande parte dos patrocinadores não terão montadas as suas áreas VIP por causa da ausência de imensa gente, que decidiu não ir para o pequeno emirado, por receio da violência, ou por boicotar a corrida. E isso poderá levar a quebras de até 80 por cento de um negócio que tem um volume de negócios anual de 200 milhões de dólares, cerca de 10 por cento das receitas anuais da Formula 1.
Companhias como a Shell, UBS e vodafone afirmaram que não iriam montar as suas tendas corporativas devido ao fato de terem muito poucos clientes presentes: "Estamos com uma queda de 80 por cento. Temos tão poucas pessoas a comparecer a este Grande Prémio que nem sequer nos demos ao trabalho de mandar um representante para os receber no aeroporto", afirmou Daniel Bois, diretor da agência F1 Corporate.
Como se pode ver, tudo está contra o Bahrein...
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