O Rali Dakar é um chamariz, sem dúvida alguma. Para o bem... e para o mal. Digo isso porque em 2014, o rali vai passar pela primeira vez por terras bolivianas, e isso poderá ser perturbado pelas reivindicações politicas e ambientais dos indigenas locais, que ameaçam usar arame farpado para impedir - ou dificultar - a passagem das motos (só serão eles a passar por lá) no sul da Bolivia.
“Onde vão passar é da TCO Tolapampa, que é dos povos indígenas. Em resumo, lá estão os ovos de avestruz, a plantação de quinua e tem as vicunhas. Quando o Dakar passar, será como uma invasão. Deve haver uma consulta prévia, livre e informada, deve existir um estudo sobre o impacto ambiental”, defendeu Rafael Quispe, dirigente indígena boliviano.
Para além disso, há mais de vinte dias que existe um estado de tensão entre os indigenas e o governo de Evo Morales, com estes a cercarem a sede do Conselho Nacional de Ayllus e Markas de Qullasuyu (Conamaq). Este bloqueio resultou numa vigília no local, com alguns índios a optar pela greve de fome.
Falando à imprensa no Palácio do Governo, o presidente Evo Morales minimizou os protestos e afirmou que é normal que existam alguns opositores ao rali, que passará pelo seu país a 13 de janeiro, depois do dia de descanso em Salta, no norte da Argentina.
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