quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

No Nobres do Grid deste mês...

(...) Desde a aventura falhada de Peter Windsor e Ken Anderson, em 2010, que não há novidades ou planos sobre a possibilidade de uma equipa vinda dos Estados Unidos a uma competição que teve aventuras como a Eagle, Parnelli, Penske ou Shadow, para nomear algumas. Mas a zona de Charlotte, na Carolina do Sul, é o coração da NASCAR, e lá há a tecnologia necessária para construir uma equipa de Formula 1 sem estar tão dependente da Europa. Um bom exemplo é o túnel de vento existente, a Windshear. Construido em 2008, muitas equipas vão lá para testar os seus projetos. E de quem pertence? À Stewart-Haas.

Mas porque falo desta personagem? É que em meados de dezembro, a FIA decidiu abrir um concurso para preencher a 12ª vaga deixada em aberto no final de 2012 pela saída da Hispania, ou HRT. Algumas candidaturas foram entregues, e já se faram de alguns nomes, nomeadamente a Stefan GP. Mas a Stewart-Haas é aparentemente a mais séria, e mais consistente. Segundo se fala, a ideia é de – caso sejam eles os escolhidos - pedir à Dallara para que construam um chassis para a temporada de 2015, e pedir motores turbo à Ferrari. Pode ser viável, e veloz, dado que poderão não ter muito tempo para desenvolver um chassis competitivo. (...)

(...) Quando a pilotos, seria evidente que, a ser escolhido, Haas quererá pelo menos um americano nas fileiras. E aqui poderá entrar um nome improvável: Danica Patrick. A piloto de 31 anos, com passagens pela Indycar – uma vitória em Motegi – está agora na NASCAR, onde até se safa relativamente bem, apesar da nítida falta de vitórias. É certo que é mulher e poderá não ter a capacidade de “vencer” que os pilotos masculinos têm, mas só o facto de andar em carros a fez atrair muita gente e muito dinheiro dos patrocinadores. A experiência em monolugares não pode ser menosprezada, resta saber se estaria disposto a dar o salto para a Europa e mostrar-se ao mundo, nem que fosse por uma só temporada. Bernie Ecclestone esfregaria as mãos de contente, pelo menos. (...)

Já se sabe desde há algum tempo que a Formula 1 abre concursos para preencher vagas na categoria. Com onze equipas presentes - mas provavelmente para Bernie Ecclestone devem ser equipas a mais - a FIA decidiu abrir um novo concurso para colocar alguém para correr a partir de 2015. E um dos candidatos - provavelmente o melhor dos candidatos - é a americana Stewart-Haas, uma das mais importantes da NASCAR. E este mês, decidi escrever sobre ele para ver o que traze e qual seria a mais valia de ter uma equipa americana na Formula 1, 28 anos depois da última vez que os americanos decidiram tentar a sua sorte. E caso consigam, pode ser uma maneira de colocar... uma mulher na categoria mais elevada do automobilismo.

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