(...) Em 1974, Mário Andretti já era um nome consagrado no automobilismo. Já tinha vencido em Indianápolis, Sebring e Daytona, e já tinha corrido pela Ferrari, a sua equipa do coração, na Formula 1, onde tinha vencido uma corrida para eles na África do Sul, em 1971. Por essa altura, Parnelli Jones, que tinha sido um lendário piloto de "speedways" na década anterior, vencido as 500 Milhas de Indianápolis em 1963, e em 1967, tentou a sua sorte num carro a turbina, onde quase ganhou a corrida. Em 1968, aos 35 anos, pendura o capacete e tenta a sua sorte como proprietário. Com a ajuda de "Vel" Miletich, estabelece a equipa na cidade californiana de Torrence e a partir de 1969, começa a obter os seus primeiros resultados, através de Al Unser e Joe Leonard. Em 1970, com chassis Lola, vencem as 500 Milhas de Indianápolis, e no ano seguinte, o campeonato USAC, com Leonard ao volante.
Em 1972, Parnelli e Miletich decidem construir os seus próprios chassis, e para isso contratam o projetista Maurice Philippe, que tinha ajudado a desenhar os Lotus 49 e 72. Para piloto, contratam Mário Andretti, que por essa altura, espalha os seus serviços entre eles e a Ferrari, na Endurance e na Formula 1, onde corre sempre que o calendário permite. E Andretti tem a obsessão de vencer na Formula 1, onde viu correr o seu ídolo, Alberto Ascari. Apesar de não correr por lá em 1973, persuade Parnelli Jones e Vel Miletich a dispor de algum dinheiro vindo da Firestone para um projeto na Formula 1, a acontecer em 1974. Assim sendo, projetam e constroem o VPJ4, um Formula 1 baseado - como muitos outros nessa altura - no Lotus 72.
Os primeiros testes foram desastrosos, quando se viu que o carro era mais lento que alguns dos bólides existentes na Formula 5000! Mas com o tempo, e com as modificações que foram feitas no chassis, como novas barras de suspensão, e a ajuda externa de um jovem engenheiro britânico de seu nome John Barnard, o carro fica pronto para estrear na penultima corrida do ano, no circuito canadiano de Mosport. O carro porta-se bem nos treinos, colocando-se a meio da tabela, e Andretti chegou ao fim no sétimo lugar, à porta dos pontos. (...)
Há 40 anos, Parnelli Jones, uma lenda do automobilismo americano, deu a Mário Andretti, seu piloto, uma chance de correr na Formula 1. O projeto tinha bases sólidas, mas a notória falta de vontade dos americanos em correr na Europa faz com que o projeto fosse inconstante, em claro contraste com outro projeto americano como a Penske.
No final, o projeto durou uma temporada completa, com alguns resultados interessantes. E deu a Andretti a chance que procurava quando em Long Beach, falou com Colin Chapman, que queria um piloto capaz após o abandono de Ronnie Peterson, e lá ficou, alcançando em 1978 o seu titulo mundial, que tanto ambicionava alcançar desde os seus tempos de adolescência. E é sobre essa aventura que falo este mês no Nobres do Grid.
Há 40 anos, Parnelli Jones, uma lenda do automobilismo americano, deu a Mário Andretti, seu piloto, uma chance de correr na Formula 1. O projeto tinha bases sólidas, mas a notória falta de vontade dos americanos em correr na Europa faz com que o projeto fosse inconstante, em claro contraste com outro projeto americano como a Penske.
No final, o projeto durou uma temporada completa, com alguns resultados interessantes. E deu a Andretti a chance que procurava quando em Long Beach, falou com Colin Chapman, que queria um piloto capaz após o abandono de Ronnie Peterson, e lá ficou, alcançando em 1978 o seu titulo mundial, que tanto ambicionava alcançar desde os seus tempos de adolescência. E é sobre essa aventura que falo este mês no Nobres do Grid.
1 comentário:
Speeder, boa noite diretamente aqui do Brasil.
Só um comentário, preciosismo meu, ok!
O carro vencedor da Indy 500 tanto em 70 como em 71 foi um Colt pilotado pelo Al Unser Sr, ok!
Abraços do Brasil.
Zé Maria
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