A terceira parte desta revista motorizada do ano fala sobre a Endurance, uma categoria que vive um período de prosperidade por esta altura. ano de 2014 viveu a terceira temporada a World Endurance Championship, com a notável entrada da Porsche no Mundial, acompanhando a Audi e a Toyota na classe LMP1, onde as principais construtoras estão presentes. Mas para além das equipas, a grande novidade veio dos pilotos, especialmente quando Mark Webber decidiu trocar a Formula 1 por um lugar na equipa oficial da Porsche, guiando os 919 Hybrid.
A mudança de alguém como Mark Webber da categoria máxima do automobilismo, onde era piloto da Red Bull, ao lado de Sebastian Vettel, foi o melhor sinal de que a Endurance começava a tornar-se - pelo menos para o resto do mundo, ou para quem visse apenas o automobilismo pela Formula 1 - numa categoria suficientemente atrativa ou numa alternativa bem viável. Mas Webber era o nome mais famoso de uma constelação de pilotos que iriam fazer parte do projeto alemão, que tinha outros nomes como o neozelandês Brendon Hartley, o suiço Neel Jani, o francês Romain Dumas, e os alemães Marc Lieb e Timo Bernhard, numa equipa com apenas dois carros, para as 24 horas de Le Mans.
A Porsche corria contra as marcas estabelecidas: Audi e Toyota. A primeira tinha todos os grandes pilotos, sem alterações de monta. O veterano dinamarquês Tom Kristensen tinha como companheiros equipa pilotos como o brasileiro Lucas di Grassi ou o francês Loic Duval, enquanto que no segundo carro, André Lotterer tinha a companhia de Bernard Treulyer e do suiço Marcel Fassler. Um terceiro carro, apenas para a clássica de La Sarthe, tinha o britânico Oliver Jarvis, o italiano Marco Bonanomi e um novo recruta, o português Filipe Albuquerque, vindo do DTM.
Quanto à marca japonesa, decidiu colocar dois carros em permanência, com Alexander Wurz, Kazuki Nakajima e Stephane Sarrazin (com o britânico Mike Conway em algumas corridas) quanto que Anthony Davidson e Sebastien Buemi estavam no segundo carro, ao lado de Nicolas Lapierre nas primeiras quatro corridas.
As três marcas começaram a competir logo na primeira corrida do ano, em Silverstone, onde se esperava que os Audi continuariam a estar no topo, apesar da maior ameaça da Toyota e da Porsche. Mas não se esperava que a Toyota começava a ganhar logo na primeira corrida, e na segunda, em Spa-Francochamps, ambos com Sebastien Buemi e Anthony Davidson.
Contudo, foram as 24 Horas de Le Mans que se tornou no assunto do ano. E na Audi, as coisas tiveram uma carga dramática. Na quinta-feira, o carro numero 1, então guiado por Loic Duval teve um forte acidente na curva Porsche, tendo sido substituido pelo espanhol Marc Gené. A substituição foi veloz e ao lado de Kristensen e Di Grassi, chegaram ao segundo lugar da corrida, a três voltas do vencedor, a tripla André Lotterer, Bernard Treuleyer e Marcel Fassler.
Mas na corrida de La Sarthe, por muito pouco, as coisas não iam para a marca de Inglostadt, pois cedo perdeu o seu terceiro carro devido uma inesperada carga de água, que eliminou o carro numero 3, de Marco Baonanomi e Filipe Albuquerque, a Toyota andou na frente, mas os vários problemas fizeram com que cedesse a liderança para a Porsche, que andou perto de vencer com carro numero 14. Mas a hora e meia de cortar a meta, teve problemas com o anti-roll bar, e encostou às boxes para as reparações. Eventualmente, saiu para a pista para receber a bandeira de xadrez, mas no 11º lugar, a 21 voltas do vencedor.
No final, a Audi fez a dobradinha, com a Toyota a ficar com o lugar mais baixo do pódio, mas de uma certa forma, foi o "último hurrah" da marca de Inglostadt, pois as vitórias em Fuji e Xangai deram a eles a vitória no Mundial, com Davidson e Buemi a celebrarem juntos o campeonato de pilotos, enquanto que a Porsche comemorou a sua evolução com uma vitória na última corrida do ano, em Interlagos, graças a Marc Lieb e Neel Jani, já que Mark Webber teve um acvidente aparatoso na parte final da corrida, destruindo o segundo carro da Porsche.
Contudo, em Interlagos, foi o local onde o automobilismo se despediu de uma das suas lendas: Tom Kristensen. Aos 47 anos, e depois de nove vitórias em Le Mans e do campeonato ganho no ano anterior, decidiu que esta era a melhor altura de se despedir da competição, dando lugar aos mais novos. Mesmo sem ter vencido qualquer corrida em 2014, fez uma boa temporada, e em Interlagos, terminou a corrida no lugar mais baixo do pódio.
Mas no meio de todas estes factos, a grande noticia da Endurance é a sua crescente atratibilidade. A Nissan já anunciou que irá competir na classe LMP1, ao lado das três marcas, e aguarda-se com expectativa sobre seu novo carro, enquanto que na LMP2, com quase todos os carros a convertem-se em cockpits fechados, a entrada de construtores como a Ligier veio agitar imenso as águas, e os melhores pilotos, mesmo nas classes de formação, começam a ver a Endurance como uma melhor alternativa aos monolugares. E nos anos próximos, a possibilidade de existirem mais projetos a caminho, e o seu respectivo financiamento, fazem com que isto seja o lugar a estar.
As três marcas começaram a competir logo na primeira corrida do ano, em Silverstone, onde se esperava que os Audi continuariam a estar no topo, apesar da maior ameaça da Toyota e da Porsche. Mas não se esperava que a Toyota começava a ganhar logo na primeira corrida, e na segunda, em Spa-Francochamps, ambos com Sebastien Buemi e Anthony Davidson.
Contudo, foram as 24 Horas de Le Mans que se tornou no assunto do ano. E na Audi, as coisas tiveram uma carga dramática. Na quinta-feira, o carro numero 1, então guiado por Loic Duval teve um forte acidente na curva Porsche, tendo sido substituido pelo espanhol Marc Gené. A substituição foi veloz e ao lado de Kristensen e Di Grassi, chegaram ao segundo lugar da corrida, a três voltas do vencedor, a tripla André Lotterer, Bernard Treuleyer e Marcel Fassler.
Mas na corrida de La Sarthe, por muito pouco, as coisas não iam para a marca de Inglostadt, pois cedo perdeu o seu terceiro carro devido uma inesperada carga de água, que eliminou o carro numero 3, de Marco Baonanomi e Filipe Albuquerque, a Toyota andou na frente, mas os vários problemas fizeram com que cedesse a liderança para a Porsche, que andou perto de vencer com carro numero 14. Mas a hora e meia de cortar a meta, teve problemas com o anti-roll bar, e encostou às boxes para as reparações. Eventualmente, saiu para a pista para receber a bandeira de xadrez, mas no 11º lugar, a 21 voltas do vencedor.
No final, a Audi fez a dobradinha, com a Toyota a ficar com o lugar mais baixo do pódio, mas de uma certa forma, foi o "último hurrah" da marca de Inglostadt, pois as vitórias em Fuji e Xangai deram a eles a vitória no Mundial, com Davidson e Buemi a celebrarem juntos o campeonato de pilotos, enquanto que a Porsche comemorou a sua evolução com uma vitória na última corrida do ano, em Interlagos, graças a Marc Lieb e Neel Jani, já que Mark Webber teve um acvidente aparatoso na parte final da corrida, destruindo o segundo carro da Porsche.
Contudo, em Interlagos, foi o local onde o automobilismo se despediu de uma das suas lendas: Tom Kristensen. Aos 47 anos, e depois de nove vitórias em Le Mans e do campeonato ganho no ano anterior, decidiu que esta era a melhor altura de se despedir da competição, dando lugar aos mais novos. Mesmo sem ter vencido qualquer corrida em 2014, fez uma boa temporada, e em Interlagos, terminou a corrida no lugar mais baixo do pódio.
Mas no meio de todas estes factos, a grande noticia da Endurance é a sua crescente atratibilidade. A Nissan já anunciou que irá competir na classe LMP1, ao lado das três marcas, e aguarda-se com expectativa sobre seu novo carro, enquanto que na LMP2, com quase todos os carros a convertem-se em cockpits fechados, a entrada de construtores como a Ligier veio agitar imenso as águas, e os melhores pilotos, mesmo nas classes de formação, começam a ver a Endurance como uma melhor alternativa aos monolugares. E nos anos próximos, a possibilidade de existirem mais projetos a caminho, e o seu respectivo financiamento, fazem com que isto seja o lugar a estar.
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