"Para chegar em primeiro, primeiro tem de chegar". Esta velha máxima automobilística todos a tem nas suas cabeças, porque ao longo dos muitos - ou poucos anos - de automobilismo, muitos viram situações onde parece que saiu de um filme de "série Z" realizado por um Alan Smithee ou um Ed Wood da vida, de tão inacreditável que é.
Mas este domingo, depois de 23 horas e 54 minutos de corrida, numa das melhores e mais competitivas provas desta clássica da Endurance, quando nas redações de todo o mundo se escrevia sobre a vitória da Toyota, a primeira de um carro japonês em 25 anos... viamos o carro guiado por Kazuki Nakajima a abrandar em plena reta das Hunaudriéres, acusando uma quebra de motor... na última volta, cedendo o lugar ao Porsche numero 2. O mundo inteiro esquecia o GP de Baku e via entre o aterrorizado e o espantado o que se passava, e as reações dos japoneses, que viam a vitória tão procurada escapar-lhes entre os dedos.
Foi penoso ver as lágrimas na cara de Hugues de Chauanac, o homem por trás da ORECA, e que ajudou os japoneses na clássica francesa, veterano de mais de trinta edições, que ajudou pessoal como Henri Pescarolo e Jacky Ickx, e foi penoso ver o ar abatido de Kazuki Nakajima, filho de Satoru, a ser amparado pelos comissários, quando via a vitória se escapar nas mãos, quando tinha tudo para alcançar. De facto, foi de partir o coração.
A Porsche acabou por ser vencedora, mas eles, mais do que ninguém, sabiam que aquilo lhes tinha caído ao colo. Da euforia inicial passaram depois para a sobriedade, sabendo que aquela 18ª vitória na historia de La Sarthe os colocava como os mais vencedores naquele local, foi ganha à custa dos azares dos outros. E foram depois às boxes da Toyota, numa manifestação de "fair-play", cumprimentá-los, e consolando por aquilo que era deles, mas não foi.
No final, as três grandes marcas foram ao pódio, cada um ficou com o seu lugar: Porsche em primeiro, Toyota em segundo e Audi em terceiro. Mas toda a gente sabia que aquilo não tinha verdade, e que aquilo foi o resultado de um cruel golpe do destino. Bem tinha razão Stephen Hawking, quando respondendo a uma questão colocada por Albert Einstein, disse que Deus joga mesmo aos dados...
A Porsche acabou por ser vencedora, mas eles, mais do que ninguém, sabiam que aquilo lhes tinha caído ao colo. Da euforia inicial passaram depois para a sobriedade, sabendo que aquela 18ª vitória na historia de La Sarthe os colocava como os mais vencedores naquele local, foi ganha à custa dos azares dos outros. E foram depois às boxes da Toyota, numa manifestação de "fair-play", cumprimentá-los, e consolando por aquilo que era deles, mas não foi.
No final, as três grandes marcas foram ao pódio, cada um ficou com o seu lugar: Porsche em primeiro, Toyota em segundo e Audi em terceiro. Mas toda a gente sabia que aquilo não tinha verdade, e que aquilo foi o resultado de um cruel golpe do destino. Bem tinha razão Stephen Hawking, quando respondendo a uma questão colocada por Albert Einstein, disse que Deus joga mesmo aos dados...
Mas o mais engraçado é que tudo isto acontece precisamente meio século depois de ter acontecido outra injustiça automobilística, escondida sobre a capa de um triunfo fantástico de uma marca de automóveis. É que no meio dos Ford vencedores em La Sarthe, venceu... o carro errado. O carro numero 2 foi o que cortou a meta em primeiro, quando quem deveria ganhar deveria ter sido o carro numero 1. e isso aconteceu porque eles percorreram uma distância maior. E tudo isto porque Leo Beebe, o homem do marketing da Ford, queria um final... cinematográfico, e Henry Ford II acedeu. E Hollywood quer ver se filma isso.
Sobre essa história, conto melhor noutra altura. Pois hoje contamos sobre a algo que iremos contar aos netos, nos anos que aí vêm, pois não esqueceremos isto tão cedo.
Sobre essa história, conto melhor noutra altura. Pois hoje contamos sobre a algo que iremos contar aos netos, nos anos que aí vêm, pois não esqueceremos isto tão cedo.
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