Para Craig Breen, este terceiro posto no Rali da Finlândia tem um significado especial. Não só é o seu primeiro pódio no WRC, mas também fez lembrar de tudo o que passou até chegar aqui. Aos 26 anos de idade, tornou-se no primeiro irlandês a alcançá-lo, mas a emoção de ter alcançado o seu primeiro pódio, captada pelo fotógrafo português André Lavadinho, mostra mais coisas.
Mas para lá chegar, houve drama pelo meio. Filho de Ray Breen, campeão irlandês de ralis, Craig nasceu a 2 de fevereiro de 1990, e depois de dez anos de karting, passou para os ralis em 2007, aos 17 anos de idade. Vencedor do troféu Fiesta em 2009, a bordo de um Fiesta R2, passou depois para os S2000 no ano seguinte. Venceu o WRC Academy em 2011, e o SWRC no ano seguinte.
Mas em junho de 2012, no Rally Targa Florio, prova então a contar para o Intercontinental Rally Challenge, Breen sofre um grave acidente, que acaba com a vida do seu navegador, o britânico Gareth Roberts. Na altura, o seu Ford Fiesta S2000 não faz bem uma curva e embate contra o guard-rail, tornando-se num ariete contra o pobre navegador, tendo morte imediata. Apesar do infortúnio, Breen prosseguiu, deixando largar as suas emoções quando no final do ano, venceu o campeonato SWRC.
Correndo no ERC nos anos seguintes, a bordo do Peugeot 208 Ti16, e com Paul Nagle ao seu lado, foi terceiro em 2013 e 2014, sendo depois vice-campeão em 2015. Teve passagens mais esporádicas pelo WRC, mas o seu melhor resultado até hoje tinha sido um sexto posto no Rali da Catalunha de 2012.
Depois, com Scott Martin como navegador - Nagle foi navegar Kris Meeke - Breen passou para a Citroen, em 2016, mas pelo meio venceu por duas vezes o Rali da Irlanda, o seu rali natal. E no seu terceiro rali desta temporada, alcançou o seu primeiro resultado de relevo no WRC, o que indica que tem um grande futuro pela frente, agora que é piloto de fábrica.
Sem comentários:
Enviar um comentário