sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Formula 1 a caminho do acordo?

As noticias sobre a possibilidade dos direitos da Formula 1 - que pertencem à CVC Capital Partners - serem vendidos começa a ser bem real. Esta sexta-feira, surgiu uma noticia de que um acordo poderá estar prestes a ser alcançado. De acordo com o jornalista Mark Kleinman, da Sky, ele afirma que a Liberty Media, de John Malone, está prestes a chegar a um acordo com a CVC Capital Partners para ficar com a Formula 1. O preço? 8,5 mil milhões de dólares.

Os rumores sobre as negociações existem desde há mais de ano e meio e já teve as suas fases, tanto que quando Malone perdeu o interesse na Formula 1, decidiu comprar os direitos da Formula E por um valor não declarado. 

O mais interessante nesse acordo é que, caso este venha a acontecer, a Formula 1 iria ser listada na NASDAQ, o segundo índice bolsista de Nova Iorque, mais virado para a tecnologia. O que seria interessante, porque acordos anteriores - ou se preferirem, quando se pensou na ideia de colocar na Bolsa - a ideia era de ficar em lugares mais obscuros, como por exemplo, Singapura.

Kleiman fala que o papel de CEO da Formula 1 poderia ir para Chase Carey, um americano de 62 anos que está associado a Fox desde 1988, com passagens pela News Corp, de Rupert Murdoch. Aliás, Carey de quando em quando é falado como um possivel sucessor do próprio Murdoch, que tem mais ou menos a mesma idade de Bernie Ecclestone...

O que nos leva a pensar no seguinte: se o negócio for adiante, como é que vão reagir? Será que os novos donos vão ser como a CVC, que se limita a recolher os seus lucros e não interfere com o dia-a-dia da competição, ou terão outros planos nesse sentido? E será que Bernie Ecclestone terá uma palavra a dizer sobre todo este assunto? É sabido que caminha para os 86 anos e ele tem uma parte significativa do negócio, e claro, não sabemos se ele se esforçará para continuar no negócio ou vai gozar a reforma. E mais outra coisa: e as equipas? É certo que adoram agir como se fossem as donas do negócio, apesar de não o serem. Como reagirão se os eventuais novos donos terem ideias sobre o futuro?

Questões ainda sem resposta, neste momento. E claro, nada garante que este vá acontecer. O interesse público existe, agora vamos a ver como é que esta história irá acabar.

Sem comentários: