A efeméride acontecerá na quinta-feira, mas acho que a verdadeira data de aniversário deveria ser hoje. O dia em que o mundo conheceu Michael Schumacher e o seu potencial para ser campeão do mundo e um dos melhores de sempre. Ainda me lembro bem de tudo, apesar de já terem passado 25 anos sobre o evento.
A história é bem conhecida: Eddie Jordan precisava de um bom piloto para substituir Bertrand Gachot, preso na Grã-Bretanha depois de uma altercação com um taxista, que acabou com o piloto a usar gás pimenta, que na altura era proíbido. Chegou a pensar em Stefan Johansson, por exemplo, mas no final ficou-se por Schumacher porque a Mercedes (e Willi Weber, aqui na foto tirarda por Paul-Henri Cahier) ajudou a injetar 500 mil dólares na equipa para que um dos seus pilotos da sua Junior Team de Endurance pudesse andar na categoria máxima do automobilismo.
E em dois dias, Schumacher deixou toda a gente de boca aberta, fazendo o sétimo melhor tempo na grelha e quase que a mostrar que poderia ser tão bom quanto os outros. O mais espantoso no meio disto tudo é que o alemão, que morava ali perto, em Kerpen, só tinha andado ali... de bicicleta! Embora tenha inventado a história de que já tinha andado ali numa corrida da Formula 3 alemã. Mas com ou sem experiência, Schumacher foi mais veloz do que o veterano Andrea de Cesaris, bem mais experimentado no Jordan 191.
E a parte chata é que Schumacher exagerou na embraiagem, não durando mais do que meia volta. E o mais surpreendente é que aquele foi o melhor fim de semana da (então) curta história da Jordan. É que Andrea de Cesaris andou bem perto da vitória, rodando na terceira posição quando o motor ficou sem óleo e acabou por explodir. Tudo numa altura em que Ayrton Senna estava com dificuldades na sua caixa de velocidades, mas que levou até ao fim, para vencer a corrida.
De uma certa forma, esta é a recordação de um fim de semana inesquecível.
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