A Audi anunciou esta manhã que não continuará mais no Endurance. Termina assim uma presença de 18 anos na categoria que dominou por completo por boa parte da década passada e esta década, que incluiu vitórias nas 24 Horas de Le Mans e no WEC, o Mundial de Endurance que começou em 2014. Em contraste, vai manter-se e até aumentar a sua presença na Formula E, através da ABT.
O anuncio foi feito esta manhã pelo seu presidente, Rupert Stadler. “Vamos estar a correr para o futuro com a motorização elétrica. À medida que a nossa gama de automóveis de produção se vai eletrificando, os nossos carros de competição, como pontas-de-lança da nossa tecnologia, também terão que o fazer. A Fórmula E é a competição com maior potencial para o futuro, e vai de encontro à nossa estratégia de oferecer modelos completamente elétricos em 2018. É por isso que ampliámos a nossa parceria com a equipa Abt Schaeffler já para a temporada de 2016/2017. É uma equipa de fábrica, estamos totalmente envolvidos", comentou.
Para já, a Audi também continua no DTM, com o modelo R5, e continua a haver dúvidas sobre a sua continuidade no Rallycross, através do projeto EKS, de Matthias Ekstrom. Já os projetos do GT3 e do TCR, nada foi dito porque os chassis são feitos para equipas-cliente, sem envolvimento oficial.
A Audi está na Endurance desde 1999, quando colocou o seu modelo R8 na pista, acabando por vencer as 24 Horas de Le Mans no ano seguinte, com o dinamarquês Tom Kristensen ao volante. No ano seguinte, com Rinaldo Capello e Michele Alboreto, venceu as 12 Horas de Sebring, para depois voltar a vencer em Le Mans, com uma interrupção em 2003, para dar lugar à Bentley. De regresso em 2004, decidiram desenvolver a tecnologia Diesel dois anos depois, com o R10, onde venceram nos anos seguintes, com pilotos como Kristensen, o escocês Alan McNish, o italiano Emmanuele Pirro, os alemães Mike Rockenfeller, Marco Werner e Frank Biela, com modelos como o R10 e o R15.
Em 2015, a Audi abandonou o Diesel para desenvolver a tecnologia híbrida, com o R18 e-tron quattro, mas por essa altura já tinham a forte concorrência da Porsche, com o 919 Hybrid e a Toyota, com o TS040, também híbrido. O seu último mundial foi em 2014, altura em que também venceram pela última vez em Le Mans.
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