Bryan Bouffier resolveu o rali na última classificativa, batendo Kajetan Kajetsnowicz por uma curta margem: 0,3 segundos, dando uma vitória à um Ford. Bruno Magalhães foi o melhor Skoda, sendo terceiro classificado, consolidando o segundo lugar na geral, devido ao abandono de Alexey Lukyanuk.
Depois de Bouffier ter ficado com a liderança no final do primeiro dia, poderia estar aliviado com a saída de estrada do russo da Ford, por causa da perda de uma roda, mas tinha de lidar com um Kajetanowicz que pretendia ganhar para ver se consolidava a liderança na geral, e foi por causa disso que o polaco partiu ao ataque: venceu em Cave - Rocca Santo Stefano (PEC 7), Monastero - Jenne (PEC 8) e Altipiani - Guarcino (PEC 9), acabando a manhã com 3,3 segundos sobre Bouffier. Magalhães era quarto nessas especiais, mas na sua frente tinha o espanhol José António Suarez, no seu Peugeot, que tinha abandonado no dia de ontem.
Na parte da tarde, as segundas passagens pelas classificativas da manhã, Bouffier atacou: venceu em Cave - Rocca Santo Stefano, ganhando 3,7 segundos e passando para a liderança, apesar de logo a seguir ficar no quarto posto, atrás de Suarez, Magalhães e Kajetanowicz. Ali, a diferença para o polaco situava-se em 0,9 segundos, e este passou para o primeiro posto. E na última especial, Bouffier resolveu tudo: vitória na especial, com 0,8 segundos sobre Kajetanowicz, e claro, vitória no rali. Magalhães tinha tudo controlado, e acabou no sexto lugar na especial, mas mantendo o pódio, o quarto da temporada.
No final, o piloto do Skoda estava contente: “Ficámos com o sentimento de dever cumprido. Infelizmente a chuva não nos ajudou. Não tínhamos qualquer referência do carro nestas circunstâncias e fomos fazendo o que nos era possível e ajustando o ‘set-up’ o melhor que podíamos. Andámos sempre próximos dos mais rápidos. Por isso, este terceiro lugar é para nós fantástico”, referiu.
Em relação à última prova do ano, Magalhães pretende participar, pois acha que ainda tem uma chance de vitória.
“Estamos em desvantagem é certo mas nos ralis tudo pode acontecer e se há hipótese matemática de chegar ao título não vou querer ‘morrer na praia’. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance e esperar para ver o que acontece. Não ir a jogo é dar a luta por terminada e isso eu não quero, só mesmo se não puder. Chegar até aqui já foi tão difícil, implicou sacrifícios e muitas ajudas de patrocinadores que acreditaram no nosso sonho. Acho que vão estar connosco até ao final, assim espero”, concluiu.
No campeonato, Kajetanowicz tem agora 150 pontos, contra os 122 de Magalhães e os 84 de Bouffier. O último rali será o Rally Liepaja, na Letónia, no fim de semana de 7 e 8 de Outubro.
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