Thierry Neuville venceu pela segunda vez consecutiva o Rali da Argentina, quinta prova do campeonato do mundo de ralis, e com este resultado, catapultou para a liderança da competição, embora com dez pontos de vantagem sobre Sebastien Ogier (110 contra cem).
“Não posso pedir mais hoje depois de conseguir minha segunda vitória neste clássico evento e a segunda consecutiva nesta temporada. O carro tem estado ótimo durante todo o fim de semana. Isso deve-se a um grande esforço de equipa feito não apenas no local, mas também na Alemanha. O progresso do carro está à vista, por isso estou orgulhoso do que está a acontecer. Isto deixa-nos felizes pelos próximos eventos, apesar de sabermos que haverá alguns ralis difíceis quando regressarmos à Europa. Enquanto isso, vamos para o Chile, que é um lugar para descobrir”, disse o piloto belga, depois de cruzar a meta no lugar mais alto do pódio.
Neuville venceu com uma vantagem de 48 segundos sobre o norueguês Andreas Mikkelsen, seu companheiro na Hyundai, e também conseguiu o seu melhor resultado até agora. “Este é um resultado absolutamente fantástico para mim. Demorou muito tempo, mas estou tão contente agora que isto parece mais uma vitória", comentou, ele que não conseguia um pódio desde o rali da Suécia de 2018.
Sebastien Ogier conseguiu "in extremis" o lugar mais baixo do pódio, conseguindo bater Kris Meeke - este teve um furo na última especial - e minorar os estragos na luta pela revalidação do título, que é seu desde 2014. Um minuto e quatro segundos para o vencedor foi a diferença, e lá esta a dar o seu melhor numa máquina que em muitos aspectos, ainda não é melhor que os da Toyota e da Hyundai.
Com três especiais para terminar o rali, culminando com a passagem por El Condor, o domingo começou com Neuville a gerir a vantagem de 36 segundos que tinha para Mikklesen, enquanto havia o duelo pelo terceiro posto, entre Meeke e Ogier. E foi o britânico o primeiro a mostrar-se, ao vencer na primeira especial do dia, com uma vantagem de 4,3 segundos sobre Mikkelsen, com Ogier a ser terceiro, a 6,7. Com isso, Meeke passou Sordo e foi ao ataque de Ogier, pois estavam separados por meros 0,5 segundos.
Neuville venceu na especial seguinte, o Mina Clavero - Giulio Cesare, conseguindo uma vantagem de 1,6 segundos sobre Jariu-Matti Latvala, enquanto Meeke era quarto, a 4,5 segundos do vencedor, e tinha Ogier atrás de si, 10,2 segundos do vencedor e no quarto posto da geral.
Mas foi em El Condor que se decidiu tudo: Ogier venceu a especial e conseguiu os pontos extra, enquanto Meeke perdeu 6,6 segundos, com um furo a seis quilómetros da meta, que o fez perder o seu lugar no póidio. Neuville foi o terceiro, a 4,7 segundos do vencedor.
No final, depois do pódio, e do quarto posto de Meeke, Jari-Matti Latvala foi o quinto, aguentando as investidas de Dani Sordo, o sexto no seu Hyundai. Teemu Suninen foi o melhor dos Ford, num distante sétimo posto, a quase cinco minutos do vencedor, na frente de Ott Tanak, que regressando em "Rally2", foi oitavo, passando em cima da meta o carro de Mads Ostberg. O chileno Pedro Heller foi décimo, fechando os pontos.
Agora, máquinas e pilotos atravessam os Andes para correrem o Rali do Chile, que acontecerá entre os dias 9 e 12 de maio.
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