E neste dia 8, Dia Internacional da Mulher, algo inédito: a Formula 1 vai ter uma corrida à porta fechada. A decisão das autoridades barenitas foi o de se realizar o Grande Prémio sem espectadores, a primeira vez na história da competição, para evitar a propagação do contágio. Até agora a pequena ilha do Golfo Pérsico tem registados 85 casos, sem mortes.
"Em consulta com os nossos parceiros internacionais e com a 'taskforce' Nacional de Saúde do Reino do Bahrein, tomámos a decisão de realizar o Grande Prémio de Formula 1 do Bahrein deste ano como um evento sem espectadores”, começa por se ler no comunicado do circuito internacional de Shakir, via Twitter.
“Dada a contínua disseminação do COVID-19 em todo o mundo, realizar um grande evento desportivo, aberto ao público e que permita que milhares de viajantes internacionais e adeptos locais interajam de perto não seria o mais correto a fazer neste momento. De modo a garantir que nem o desporto, nem a sua base global de adeptos, sejam indevidamente impactados, o fim-de-semana da corrida vai ter lugar, mas apenas como evento televisivo”, continua.
"As ações preventivas para prevenir, identificar e isolar indivíduos com o CoVid-19 tem sido bem sucedidos até à data. A metodologia tem sido a de medidas proativas e ação rápida para aqueles que têm o virus, quase todos eles provenientes de pessoas que viajaram [das zonas afetadas]. Medidas agressivas de ordem social foram eficazes no sentido da prevenção da doença.", conclui o comunicado.
A decisão radical da corrida barenita poderá ser usada para as corridas seguintes, nomeadamente o Vietname e até os Países Baixos, palco da primeira corrida em solo europeu, que acontecerá a 3 de maio.
Entretanto, na Austrália, as autoridades locais apertaram com os italianos, mas até agora, nenhuma das equipas foi obrigada a entrar em quarentena em Melbourne. É que a província de Modena, onde se situa a Ferrari, entrou em quarentena neste sábado, mas rodos na Scuderia foram autorizados a viajar, pelo menos até ao outro lado do mundo. Claro, colocam-se dúvidas sobre as corridas seguintes, mas com a decisão barenita, resta saber se no caso do Vietname, que tipo de medidas eles irão usar para contar algum foco da doença.
Entretanto, em Zandvoort, a organização do GP neerlandês está à espera da evolução da doença e como as autoridades irão lidar com ela. Jan Lammers, o diretor do circuito, afirma que a situação do coronavírus não deve colocar em perigo a realização da corrida.
“Vamos deixar isto para o Departamento Nacional de Saúde Pública [dos Países Baixos]. Sei que a saúde global é o mais importante do que um evento desportivo, mas não podemos antecipar nada ainda. Estamos à espera.”
“O Salão de Genebra, por exemplo, foi cancelado, uma decisão sensata pois também é um evento interior. Zandvoort é ao ar livre, por isso acho que temos mais hipóteses.”, afirmou.
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