E agora vamos para a reta final do campeonato. Está tudo decidido, mas serão três semanas bem duras, pois será uma corrida atrás de outra, nas Arábias. Duas no Bahrein e a corrida de encerramento, em Abu Dhabi. Nenhuma das pists é interessante, e até se pode dizer que a temporada já fechou, cumpre-se o calendário e vamos pensar em 2021. Mas como espero sempre o inesperado, e este é o fim de semana onde eles irão correr no anel exterior do circuito de Shakir, eu tenho de pensar que mesmo essa pista chata pode dar grandes corridas. Como aconteceu em 2014.
E ainda tinha mais uma coisa que poderá acontecer ainda nesta temporada: Lewis Hamilton poderá alcançar as cem pole-positions, o que significaria algo inédito. Mais do que ter tudo, é elevar a fasquia para o nível de... lenda.
Assim sendo, quando a qualificação começou, findo o dia naquelas bandas, os carros começaram a andar debaixo de temperatuas amenas. Max Verstappen foi o primeiro a fazer um tempo relevante, com 1.28,885, antes de Lewis Hamilton aparecer e fazer 1.28,343, seguido de Valtteri Bottas, que andeou relativamente perto, com 1.28,767. Pierre Gasly conseguiu o quarto melhor tempo, seguido por Carlos Sainz Jr, no seu McLaren. Quem não estava grande coisa eram os Ferrari, atolados no meio da tabela. Aliás, Charles Leclerc reclamava que a sua qualificação era "um desastre". Nada que não se soubesse...
No final da Q1, entre os eliminados estão... - mais ou menos - os do costume: os Alfa Romeo, os Haas e o Williams de Nicholas Latifi. George Russell foi para a Q2, e o Lando Norris esteve perto de ficar em zona perigosa, mas safou-se. Quem fez um grande tempo foi Lance Stroll, a três centésimos de Hamilton. A Racing Point dava ar da sua graça...
Na Q2, todos os pilotos, menos os da Alpha Tauri, usavam pneus médios para dar as suas voltas. As coisas andaram normalmente até que Carços Sainz Jr teve um problema no seu carro, fez um pião no final da reta da meta e ficou parado, sem se poder sair dali pelos seus próprios meios. Sessão interrompida por alguns minutos para poder tirar o carro a sua posição delicada, e quando recomeçou, Max Verstappen tentou marcar a diferença, primeiro com um tempo de 1.28,025, antes de Hamilton ter tirado quase meio segundo, fazendo 1.27,586. E de uma certa maneira, foi essa a hierarquia na fase final da sessão.
Atrás, entre os que ficaram de fora, estiveram os Ferrari, o Racing Point de Lance Stroll, o poleman da Turquia, o Williams de George Russell, e claro, Sainz Jr. Mercedes, Red Bull, Renault,Alpha Tauri, o Racing Point de Sergio Perez e o McLaren de Lando Norris foram adiante, para a fase final.
E a parte final da qualificação... foi um anti-climax. Primeiro, toos andavam com os macios da Pirelli, e depois de pilotos como Norris, Perez e Gasly começaram a aquecer, fazendo bons tempos, Lewis Hamilton entrou na pista e colocou toda a gente em respeito com 1.27,677. Max Verstappen não ficou longe, apenas 166 centésimos mais lento, e parecia que iria ameaçar. Mas na volta final, Hamilton tirou 413 centésimos do seu tempo, com Bottas a ficar em segundo, com 1.27,553, 289 centésimos mais lento que o britânico.
E foi assim que Hamilton conseguiu a sua pole numero 98 da sua carreira.
O que será amanhã? Pode ser um longo bocejo. Mas não conseguimos adivinhar o futuro, apesar dessa probabilidade. Ao longo da história, poderemos sempre pensar no imprevisivel. É também por isso que muita gente vai ver estas corridas.
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