Antes desta corrida, a prova de Formula 2 acabou prematuramente quando houve dois acidentes feios entre pilotos, o pior dos quais na partida, quando o carro do francês Theo Pouchaire ficou parado na grelha e foi atingido fortemente pelo carro de Enzo Fittipaldi, um os netos do Emerson Fittipaldi. Transportado de helicóptero, descobriu-se que tinha um tornozelo fraturado, tudo depois de sobreviver a um impacto de 72 G's, o que não é nada leve.
Caída a noite em Jeddah, a ansiedade aumentava no paddock, do qual a homenagem a Sir Frank Williams não conseguia acalmar. O receio de uma corrida atribulada que poderia acabar na primeira chicane, ainda por cima com os Mercedes na primeira fila e Max logo atrás, era bem real. Os minutos passavam ansiosamente e todos queriam que isto passasse logo, para as luzes se apagassem e a corrida arrancasse.
Passadas as primeiras voltas tensas, caia a corrida para um aborrecimento, apesar de algumas trocas de posições. Mas na volta 10, o primeiro acidente da corrida, quando Mick Schumacher bateru fortemente com o seu Haas, causando a primeira entrada do Safety Car.
Com isso, boa parte do pelotão para para trocar de pneus, com boa parte deles a trocar para duros. E dos da frente, o único que não parou era Max, que tinha uma estratégia diferente. Todos os outros, desde os Mercedes até ao Ferrari de Charles Leclerc, antecipavam a sua estratégia de paragens nas boxes. Mas com o passar dos minutos, descobriu-se que as barreiras de proteção não estavam intactas, e no final da volta 14, a bandeira vermelha foi agitada.
E nesse momento, o mundo afirmou que a Red Bull jogou de forma genial. Não necessariamente, havia este risco. Mas de repente, Max poderia trocar de pneus sem problemas e manter a liderança, na frente dos Mercedes. E a chance do "match point" para o neerlandês aumentava imenso.
A partida repete-se de novo na grelha, desta vez com Max na frente dos Mercedes. O nervosismo voltava a todos por causa da confusão normal nestas situações. E em poucos segundos... tinham razão. Hamilton tentou ser mais veloz que Max, ele ficou na frente, mas o neerlandês chegou a ir pela escapatória para tentar manter a posição. Mas atrás, Perez era ensanduichado entre o Alpha Tauri de Pierre Gasly e o Ferrari de Charles Leclerc. Atrás, Geroge Russell levava uma forte batida de traseira por parte de Nikita Mazepin, e tudo isto levava para nova amostragem de bandeira vermelha, a segunda da corrida.
E para piorar as coisas, Hamilton tinha perdido tempo e caíra para terceiro com Esteban Ocon em P2. Max continuava no primeiro posto. As coisas para o britânico... por muito que tentasse, parecia que piorava.
Contudo, quando as coisas estavam paradas, Michael Masi interere e negoceia uma penalização: Max largava da terceira posição, cedendo o lugar a Hamilton e Esteban Ocon, o primeiro. Ouvíamos tudo isso pela televisão, entre o diretor de corrida, Red Bull e Mercedes. E claro, muitos ficam espantados com isto tudo. Mas... esquecemos como foi em Interlagos, com a primeira tentativa do Hamilton sobre o Veratappen.
Mas na terceira largada, Max largou bem e os três carros ficaram lado a lado na primeira curva. Hamilton ficou ensanduichado, e sofreu toques, mas aparentemente estava bem. Max estava na frente, e o inglês ficou uma volta atrás de Ocon até o passar.
Nas voltas seguintes, Hamilton fazia voltas mais rápidas de forma sucessiva, para tentar apanhar o piloto da Red Bull, apesar dos abrandamentos por causa dos acidentes de Yuki Tsunoda e Fernando Alonso, na volta 26. E novo VSC por causa dos destroços espalhados pela pista... Na frente, Max continuava a aguentar Hamilton e ambos se afastavam do resto do pelotão. Mas na volta 29, por causa dos muitos destroços na pista, o VSC teve de ficar mais tempo para que limpassem tudo para evitar novos incidentes. Somente na volta 33 é que a corrida recomeçou. Mas três voltas depois, novos destroços e novo VSC. Que durou uma volta.
Depois disso, Hamilton atacou Max para o passar, e tentou por duas vezes, e o piloto da Red Bull. E a defesa do neerlandês foi tão agressiva que a Mercedes pediu penalização pelas suas manobras na pista. E a periculosidade era tal que todos temiam o pior. No final, acabou com a FIA a pedir a Max para que o deixasse passar, caso contrario, teria cinco segundos de penalização.
E claro, depois disto, foi levar os carros até ao fim. Hamilton ganhou e o campeonato ficou empatado entre os dois primeiros: o inglês e o neerlandês tinham 369.5 pontos, mas quem tem vantagem é o piloto da Red Bull porque ele tem mais vitórias.
Em Abu Dhabi, tudo é possivel. Para o bem... e para o mal. Agora, faltam sete dias.
1 comentário:
Nem uma nota sobre o break test?
Ah, sobre os 10s por causa do mesmo.
Enviar um comentário