Já foi dito que é a prova mais importante do automobilismo mundial. E não é qualquer um, foi a National Geographic Channel, uma publicação insuspeita em relação ao automobilismo. E este ano, nas vésperas do centenário, a corrida não deixou de ser excitante, apesar de ter havido um domínio dos Toyotas na categoria principal, a tal ponto que o seu maior rival, a Alpine, teve uma avaria e atrasou-se bastante. E claro, a equipa que conseguiu beneficiar com tudo isto foi a Glickenhaus, que levou um dos seus carros ao pódio.
Com os Toyotas a triunfarem pela quinta vez consecutiva, com Sebastien Buemi a ganhar pela quarta vez, Brendon Hartley pela terceira e Ryo Hirakawa pela primeira - ou seja, o carro numero 8 - parece que foi um passeio para os carros japoneses, mas na realidade, a simplicidade dá muito trabalho. Não teve problemas mecânicos, não bateram em ninguém mais lento - aliás, a habilidade dos pilotos foi excepcional, porque nestas 24 horas, muito poucos acidentes aconteceram, quase não houve qualquer bandeiras amarelas - apesar das slow zones - ou seja, foi uma corrida sempre a fundo. Os Toyotas andaram sempre juntos, e aos poucos, afastaram-se da concorrência.
E com poucos Hypercars, os LMP2 deram nas vistas. Quem levou a melhor foram os carros da Jota, especialmente o de tripla constituída por Roberto Gonzalez, António Félix da Costa e Will Stevens, e para as cores portuguesas, ainda há duas coisas melhores, com a vitória de Henrique Chaves na classe GTE AM da equipa TF Sport, no seu Aston Martin, ao lado do britânico Ben Keating e do dinamarquês Marco Sorensen. E ainda melhor, quando o carro da Algarve Pro Racing, da classe LMP2 Pro-Am Cup, subiu ao lugar mais alto do pódio, e pode-se ouvir pela primeira vez o hino português - aqui, o hino toca-se para o lugar onde se situa a equipa.
E tudo isto aconteceu num fim de semana de sol de junho, perante um autódromo cheio - cerca de 200 mil pessoas. Dois anos depois do final da pandemia, este é um regresso saudado.
Agora, pela frente temos doze meses até aquela que é, provavelmente, uma das edições mais aguardadas do automobilismo. É a edição do centenário, em 2023, terá novas máquinas, novas equipas e a partir do mês que vêm, em Monza, já teremos uma amostra com o Peugeot 9X8.
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