Depois de Baku, sabe bem regressar a Montreal. Depois de dois anos de interrupção à conta da pandemia, agora, a Formula 1 regressa a uma casa onde normalmente é feliz pela qualidade... e imprevisibilidade das corridas na ilha de Notre-Dâme. Como costumo dizer, quando a Formula 1 chega a Montreal, devem invocar os deuses e pedem de empréstimo, por um final de semana, o espírito de Gilles Villeneuve. Ainda por cima, quando passam 40 anos sobre a sua passagem a espírito.
Antes dos eventos do final de semana, soubemos de duas coisas importantes. O primeiro, que a FIA decidiu mexer na aerodinâmica dos carros por causa do efeito de "porpoising" do qual Max barafustou, afirmando que se a Mercedes se queixa disso, então a culpa é deles por terem desenhado um mau carro. Depois, claro, a noticia de que Charles Leclerc tinha de ir para o fundo da grelha à custa da troca de motor por causa da explosão em Baku. E ainda naquela manhã, iria ter a companhia de Yuki Tsunoda, que também ficava sem motor e iria para a última fila da grelha.
No final da Q1, os eliminados foram os Aston Martin de Sebastian Vettel e Lace Stroll, o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda e Pierre Gasly, e o Williams de Nicholas Latifi. Pobres canadianos, os seus locais não se deram bem na chuva... mas claro, como é sabido, o último lugar já tem dono: Charles Lelcerc.
Quando os carros regressaram à pista, todos já calçavam intermédios e esperava-se que os tempos baixassem. E ali, logo na primeira chance, Max faz 1.27,764 e foi para cima da tabela de tempos. Depois melhorou com 1.26,270, na frente de Carlos Sainz Jr. E com o surgir de uma linha seca, os tempos caiam mais: 1.25,201 para Max, pulverizando a concorrência - para comparação, George Russell tinha 1.26,321.
No final, os tempos caíram em flecha, acabando com Max a fazer 1.23,746, os que ficaram para trás foram, para além de Leclerc e Sergio Pérez, o McLaren de Lando Norris, o Alfa Romeo de Bottas e o Williams de Alex Albon.
Agora com a Q3, as condições estavam mesmo a mudar. Havia uma linha em seco para seguir, mas claro, ainda não se arriscava. Max começava a fazer as voltas rápidas que precisava para ficar com P1, com 1.22,701, bem longe da concorrência, pois Sainz Jr e Alonso estavam a fazer tempos um segundo mais lentos. Russell quis arriscar e colocou slicks no seu Mercedes, para tentar a sua sorte, mas... despistou-se. Ao mesmo tempo, Lewis Hamilton conseguiu o segundo melhor tempo na grelha.
Pena que não chova no domingo, porque eu penso que seria interessante de se ver como se comportariam neste circuito.
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