Num longo comunicado, a entidade reguladora do automobilismo afirmou que irá, entre outros, verificar os fundos dos carros e tentar estabelecer um limite mais aceitável no sentido de tolerar este balanceamento dos carros no contacto ao solo. E claro, verificar se este "propoising" já começa a ser excessivo ao ponto de colocar a saúde dos pilotos em jogo.
"Após a oitava jornada do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 FIA deste ano, durante a qual o fenómeno das oscilações aerodinâmicas (“porpoising”) da nova geração de carros de Fórmula 1, e o efeito deste durante e após a corrida sobre o estado físico dos pilotos foi mais uma vez visível, a FIA decidiu que, no interesse da segurança, é necessário intervir para exigir que as equipas façam os ajustes necessários para reduzir ou eliminar este fenómeno.", começou por dizer a FIA no seu comunicado oficial.
“Foi emitida uma Directiva Técnica para dar orientações às equipas sobre as medidas que a FIA pretende tomar para enfrentar o problema. Estas incluem:
- Um exame mais atento das tábuas e patins [usados nos fundos do carros], tanto em termos da sua conceção como do desgaste observado
- A definição de uma métrica, baseada na aceleração vertical do carro, que dará um limite quantitativo para um nível aceitável de oscilações verticais. A fórmula matemática exata para esta métrica está ainda a ser analisada pela FIA, e as equipas de Fórmula 1 foram convidadas a contribuir para este processo.
“Para além destas medidas a curto prazo, a FIA convocará uma reunião técnica com as Equipas a fim de definir medidas que reduzam a propensão dos automóveis para exibirem tais fenómenos a médio prazo.", continuou.
"A FIA decidiu intervir após consulta com os seus médicos, no interesse da segurança dos pilotos. Num desporto em que os concorrentes conduzem regularmente a velocidades superiores a 300km/h, considera-se que toda a concentração de um piloto tem de se focar nessa tarefa e que o cansaço ou dor excessivos sentidos por um piloto podem ter consequências significativas caso resultem numa perda de concentração. Além disso, a FIA tem preocupações em relação ao impacto físico imediato sobre a saúde dos pilotos, alguns dos quais relataram dores nas costas na sequência de acontecimentos recentes”, concluiu o comunicado.
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