Quer dizer que já sabemos quando é que Max Verstappen será campeão? Não! É porque o pelotão anda mais perto uns dos outros e a batalha pelo meio do pelotão, por exemplo, será bem mais aguerrida que no ano anterior. A Mercedes e a Ferrari, que querem tentar apanhar os touros vermelhos, irão se calhar mais a olhar para os carros da Aston Martin, por exemplo, para ver se não ficam com um lugar no pódio. Ainda por cima, este ano tem um piloto experimentado, Fernando Alonso, que mesmo com 41 anos, não perdeu qualquer um das suas qualidades.
E claro, a abertura é no sítio do costume. De uma certa forma é o sinal dos tempos, mas tem o seu quê de irónico que, naquelas bandas, para esperarmos pela corrida, temos de esperar pelo pôr do sol!
Mas tirando isso, é saber até que ponto toda esta aproximação irá mudar a hierarquia atual. Provavelmente não, e a qualificação de ontem mostrou um pouco isso. Max partia da pole, com a Red Bull a monopolizar a primeira fila da grelha, a Ferrari a segunda, parece que tenha ficado tudo na mesma em relação a 2022.
Nas voltas seguintes, Max afastou-se do pelotão, ao ponto de ele ganhar quase um segundo por volta em relação ao resto do pelotão. As primeiras paragens aconteceram na volta 10, com Gasly a parar no seu Alpine, regressando na última posição. Três voltas depois, foi Hamilton que passou nas boxes, trocando por duros, ao mesmo tempo que Alonso pressionava Russell para o passar. E conseguiu, ficando na quinta posição. Duas voltas depois, o espanhol foi às boxes, trocando para duros, seguido por Russell. Ambos regressaram no oitavo e nono posto, respetivamente. Ao mesmo tempo, também Max parava, mantendo os moles.
Ao mesmo tempo, Oscar Piastri parava o seu carro nas boxes... e de forma definitiva. Era a primeira retirada da corrida e da temporada.
Na volta 18, só Pérez não tinha trocado para duros, mas era terceiro. E Russell, sétimo no seu Mercedes, era ameaçado por... Bottas. No seu Alfa Romeo-Sauber.
Depois, Max foi-se embora, e na volta 25, já tinha 12 segundos de vantagem sobre Leclerc, que com duros, tentava manter-se o mais possível, porque era ameaçado por Pérez. E o mexicano, que fazia voltas mais rápidas de forma consecutiva, apanhava o piloto da Ferrari e conseguiu passá-lo para ser segundo.
A segunda janela de paragens nas boxes começou na volta 30, com Bottas primeiro, seguido de Hamilton e Stroll, na volta seguinte, Sainz Jr e Russell na volta 32. Este último foi atacado pot Stroll logo na saída das boxes e o ultrapassou. Já agora, todos eles andavam com pneus duros. Pérez parava na volta 35, trocando para duros, seguido por Alonso, que regressava à pista na quinta posição, mas com Hamilton não muito longe dele.
Max lá parou na volta 37, mas estava tranquilo: 11 segundos sobre Checo, quando voltou à pista. Atrás, Alonso estava colado na traseira de Hamilton, reavivando duelos de há década e meia. Os veteranos sabem dar espectáculo, é verdade...
E na volta 40, inesperadamente... Leclerc desiste! O motor entrega a sua alma ao Criador e o monegasco regressava às boxes de lambreta. Virtual Safety Car acionado por momentos, e no regresso, Alonso tentou afastar-se de Hamilton para apanhar o Ferrari sobrevivente. E conseguiu na volta 45, conseguindo o terceiro posto. O piloto da Ferrari não teve tempo para respirar, porque Hamilton estava bem perto dele.
Na frente, tudo calmo: Max controlava a distância para Checo: 10 segundos entre ambos.
E foi assim até à meta: os Red Bull dominaram, conseguindo a vitória a Max e o segundo posto ao Checo, sem que ninguém os incomodasse - temendo uma tremendo aborrecimento para o resto da temporada - mas mostrando que tem o melhor ritmo de corrida do pelotão, seguindo por Ferrari, mas com os Aston Martin bem perto. Fernando Alonso, que conseguia o terceiro lugar, o primeiro com a marca e o primeiro em ano e meio, enquanto Lance Stroll era sexto, passando George Russell e pelo menos mostrando que tinham melhor ritmo que os Flechas de Prata.
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