quarta-feira, 8 de março de 2023

Os problemas da Mercedes


Quinto na corrida de abertura do campeonato, depois de ser batido em toda a linha por Red Bull, Ferrari e Aston Martin, Lewis Hamilton decidiu colocar a boca no trombone e queixar-se sobre a performance do seu Mercedes W14, afirmando que estava muito longe da Red Bull, o melhor carro do pelotão.

"No ano passado, expliquei-lhes os problemas que tínhamos no carro. Já pilotei muitos na minha vida, portanto, sei do que um carro precisa e sei do não precisa", começou por afirmar o heptacampeão mundial em declarações prestadas à BBC Sport.

Na entrevista, Hamilton afirmou: "Penso que é preciso haver responsabilidade, e assumir e dizer 'sim, não o ouvimos, não estamos onde queremos e temos que trabalhar'. Temos de olhar para o equilíbrio através das curvas, olhar para todos os pontos fracos e unir-nos como equipa, é isso que fazemos. Ainda somos multicampeões mundiais, só que não acertaram desta vez, não acertaram no ano passado, mas isso não significa que não possamos acertar daqui para frente.", concluiu.

Ouvindo ou não as declarações de Hamilton, Toto Wolff reconheceu que este carro não tem a capacidade de correr ombro a ombro com os melhores e admite que ele precisa de uma modificação radical, apesar de este ano terem afirmado que conseguiram resolver a questão do "porpoising" que os massacrou ao longo de 2022.

“[O trabalho] tem sido feito no túnel de vento, mas não se trata apenas dos flancos ou do aspeto exterior do carro”, começou por afirmar, em declarações à cadeia austríaca ORF. “Temos de analisar os dados e decidir qual a direção a tomar”, concluiu, afirmando que o limite orçamental não era um problema.


O grande problema será se as tais mudanças para um "W14B" poderão fazer com que recuperem três a quatro décimos em termos de ritmo de corrida afirmam poder necessitar para alcançar os da frente. E caso aconteça, quando é que aparecerá? Se for quando chegarem à Europa, lá para maio, significaria três ou quatro corridas de "inferno" até que Hamilton e George Russell possam apanhar os Ferrari, Aston Martin, e sobretudo, Red Bull. E pior: a concorrência já prometeu que não ficaria a dormir. 

Mas é por isso que gostamos da Formula 1: ninguém pretende desistir.

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