Há 25 anos, em paragens britânicas, Michael Schumacher conseguiu levar a melhor sobre Mika Hakkinen, mas o seu método foi, no mínimo... polémico. Sabem o que é existir uma regra e simplesmente ignorá-la? Pois bem, foi o que aconteceu nesse GP da Grã-Bretanha de 1998.
Corrido debaixo de chuva, em certa medida, foi uma corrida dominada por Hakkinen, que chegou a ter uma vantagem de 49 segundos. Contudo, erros do finlandês e o Safety Car fizeram com que essa diferença fosse totalmente apanhada pelo alemão, e o passar na volta 50. Mas perto do final, os comissários resolveram aplicar uma penalização de 10 segundos, um "Stop & Go", porque na volta 43, o alemão passou o austríaco Alexander Wurz sob bandeiras amarelas.
Contudo, a Ferrari estava insegura: ou parava o carro e cumpria - e perderia ainda mais tempo - ou iria ver esse tempo acrescentado no final. A Scuderia decidiu que ele iria cumprir... na última volta. Isto porque as boxes da Ferrari situavam-se numa das pontas da reta da meta, depois dessa linha, ou seja, quando cumprisse... já teria acabado a corrida e ele iria ser declarado vencedor.
Para "melhorar" as coisas, a Ferrari alegou que o regulamento obrigava que fossem notificados até 25 minutos depois da penalização e afirmam que tal aconteceu 31 minutos mais tarde, ou seja, fora de prazo. Ainda por cima, como a penalização tinha sido comunicada através de uma nota escrita... à mão, eles não sabiam do que se tratava: se um mero "Stop & Go" de 10 segundos, ou um mero acrescento no tempo final da corrida.
No meio disto tudo, a McLaren emitiu um protesto, mas a FIA rejeitou-o. E o Tribunal de Apelo da FIA afirmou que os comissários cometeram erros em notificar a penalização fora do prazo, do horário e das voltas em que deveriam emitir - na altura, tinham 12 voltas para o fazer.
E numa temporada onde existia um duelo entre os McLaren e o Ferrari de Schumacher - Irvine era um mero ator secundário... - a Formula 1 saiu de Silverstone com os dois primeiros separados por dois pontos.
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