Nascido Thomas Maldwyn Pryce em Ruthin, a 11 de junho de 1949, cedo começou a gostar de automobilismo. Saiu da escola aos 16 anos, aprendeu a ser mecânico de tratores, e aos 20 anos, ganhou uma competição - a última corrida foi à chuva, e ele dava-se muito bem nessa superfície - que deu como recompensa um Lola de Formula Ford, que valia 1500 libras.
Em 1972, chega à Formula 3, e as coisas andaram tão bem que no ano seguinte, estava na Formula 2, onde seria piloto da Rondel, uma equipa fundada por... Ron Dennis. Os talentos dele eram tão bons que quando ele decidiu ir para a Formula 1, para 1974, queria Pryce para seu piloto. Mas com o primeiro choque petrolífero, o seu patrocinador, a francesa Motul, decidiu retirar o patrocínio e a aventura foi abortada. O chassis foi vendido a uma dupla, Tony Vlassopulos e Ken Grob, cujos iniciais deram o nome de Token. O piloto escolhido? Pryce!
Algumas semanas depois, os organizadores do GP do Mónaco recusaram a entrada de Pryce alegando "inexperiência ao volante". Para provar que estavam errados, Vlassopulos inscreveu-o na Formula 3, onde acabou por ganhar com 20,8 segundos de avanço, uma enormidade naquela competição.
Foi o suficiente para que a Shadow o contratar. Ainda órfã de Peter Revson, morto em março desse ano, o seu talento foi o bastante para começar a correr por eles a partir do GP dos Países Baixos, em Zandvoort. Um sexto lugar na Alemanha deu o seu primeiro ponto na carreira.
Nas corridas de 1975 que tinha corrido, não tinha mostrado nada de interessante, mesmo com o DN5 a ser estreado em Kyalami, para o GP da África do Sul, quase três semanas antes. Mas em Brands Hatch, ele se sentia "em casa".
Houve controvérsia quando a organização aceitou carros de Formula 5000 para encher a grelha. Apareceram nove, dos quais quatro se qualificaram. Porque dos 26 inscritos, 21 entraram na corrida. Estava frio com... alguns flocos de neve na hora da corrida, que causou um atraso na partida. Pryce, o poleman, foi ultrapassado por Jacy Ickx, no seu Lotus, mas o asfalto estava ainda húmido e o galês, que tinha pneus para molhado, cedo apanhou os líderes, e ficou com o comando. No final, conseguiu um avanço de 30 segundos sobre o Surtees de John Watson e o Lotus de Ronnie Peterson.
Apesar de não ter sido uma corrida a contar para o campeonato, foi celebrado como se fosse. Era o primeiro grande resultado da equipa, apesar de já terem conseguido dois pódios até então. Pryce iria conseguir depois um pódio na Áustria, um terceiro posto... e também à chuva!
O final de Pryce foi trágico: a 5 de março de 1977, quase dois anos depois deste triunfo, no GP da África do Sul, em Kyalami, o Shadow que conduzia atingiu um comissário de pista que a atravessava para socorrer... o Shadow de Renzo Xorzi. Pryce e o comissário tiveram morte imediata, mas o carro estava descontrolado e acabou algumas centenas de metros mais adiante, colidindo com o Ligier de Jacques Lafitte. Felizmente, o francês sobreviveu.
Hoje em dia, há um mural comemorativo da vida e feitos de Pryce na sua terra natal, erguido em 2009, no dia em teria feito 60 anos.




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