Extra-Campeonato: Contra o aquecimento global, nadar, nadar...

Devia ter colocado este post ontem, mas os acontecimentos do Aeroporto de Congonhas levaram a adiar isto por um dia. Apesar de isto já ter acontecido, creio que isto é importante, pois tem a ver com todos nós: o aquecimento global.

E isto veio na edição de terça-feira do jornal “Público”: Lewis Gordon Pugh, um britânico de 38 anos, decidiu nadar um quilómetro para protestar contra o aquecimento global. Até aqui, tudo normal. Mas aquilo que é noticia, é que o sr. Pugh fez isto… nas águas geladas do Pólo Norte! A uma temperatura de -1,8 graus Celsius.

O protesto durou exactamente 18 minutos e 50 segundos, o mesmo tempo que aguentou nadando nas águas semi-geladas do Pólo Norte, E com este banho, Lewis Pugh quis alertar sobre as consequências do aquecimento global, que está acelerando o degelo dos Pólos.

"Espero que graças a minha iniciativa, os dirigentes mundiais tomem em consideração as alterações climáticas", declarou o desportista num comunicado. "As decisões que tomarão nos próximos anos determinarão o futuro do nosso planeta e a biodiversidade do Planeta. Eu quero que os meus filhos e netos saibam que há ursos polares que vivem nas regiões árcticas", denunciou.

O desportista se define a si mesmo como um "pioneiro da natação" inspirado pelas façanhas de Roald Amundsen, Robert Scott ou Edmund Hillary. Há mais de 20 anos que se dedica a bater recordes dentro de agua, Pugh logrou nadar largas distancias em quase todos os lugares de mundo, incluindo as aguas do Árctico e Antártico, acções essas que lhe permitiram "ser testemunha de belas paisagens, únicas, que todos temos que proteger".

Para Pugh, o seu banho no Pólo Norte simboliza simultaneamente "um triunfo e uma tragédia. Um triunfo por ter nadado por tanto tempo e resistir em condições tão difíceis, e uma tragédia que isso seja possível no Pólo Norte, porque a agua está cada vez menos fría", concluiu. Uma verdade cada vez mais inconveniente...