Hoje é dia para eu falar do Williams FW07, o primeiro carro bem sucedido que a Williams teve na sua longa história, aquele que tirou o "tio" Frank da sua obscuridade para a glória, e que durou três épocas, sempre renovado, e que lhe deu um título mundial de pilotos a Alan Jones, e dois títulos mundiais de marcas, em 1980 e 1981.
O carro teve oponentes de peso nas pistas: o Brabham BT49, de Gordon Murray, o Ferrari 312T4, o Ligier JS11, e no inicio da sua carreira, o Lotus 79. Todos estes carros aproveitaram o conceito de efeito-solo para dominaram as pistas mundiais entre os fins dos anos 70 e o incio do anos 80. Desenhado por Patrick Head e Neil Oatley, era um carro simples, de linhas limpas, leve, mas que usava de um modo terrivelmente eficaz o efeito-solo.
O carro estreou-se no GP de Espanha de 1979, nas mãos de Clay Reggazoni, e começou a dar frutos no GP da Grã-Bretanha, em Silverstone, quando Jones fez a pole-position nos treinos e Reggazoni ganhou a corrida. A partir dali e até ao final da época, o Fw07 ganhou as três corridas seguintes, mostrando ser um excelente carro, mas foi insuficiente para lutar pelo título daquele ano, que estava entregue ao Ferrari de Jody Scheckter. Contudo, Alan Jones foi terceiro classificado, com 40 pontos e quatro vitórias, e Clay Regazzoni foi quinto, com 29 pontos. A equipa ficou na segunda posição nos construtores, com 73 pontos.
No ano seguinte, Regazzoni foi substituido pelo argentino Carlos Reutmann, e o FW07 continuou a sua senda vitoriosa. O carro foi desenvolvido no sentido de endurecer ainda mais as suspensões, para obter maior eficácia no efeito-solo, surgindo assim a versão B. Essa versão fazia com que por vezes, as asas dianteiras foram dispensadas por algumas vezes durante a época de 1980. O seu maior rival nesse ano fora outro: do Ferrari 312T4, passou a ser o Brabham BT49, desenhado por Gordon Murray e tinha como piloto um jovem brasileiro, de seu nome Nelson Piquet.
Apesar da luta entre Piquet e Jones, foi nesse ano que a Williams conquistou os seus primeiros títulos: o australiano ganha cinco provas (Argentina, França, Grã-Bretanha, Canadá e Estados Unidos) e torna-se campeão do mundo, com 67 pontos oficiais (71 na realidade). Quanto a Reutmann, ganha no Mónaco, e termina na terceira posição no campeonato, com 42 pontos.
A dupla manteve-se para 1981, uma temporada onde as disputas internas sobressairam aos resultados desportivos. E isso tudo aconteceu no GP do Brasil, em Jacarépaguá, quando Reutmann recusou obdecer a uma ordem vinda das boxes para deixar passar o seu companheiro Jones, que seguia então na segunda posição... Reutmann liderou o campeonato durante grande parte da época, mas no final, cedeu esse lugar para o brasileiro Piquet, por um ponto de diferença.
Contudo, o Williams FW07C alcançou o título de construtores pela segunda vez consecutiva, e Reutmann e Jones foram segundo e terceiro classificados, respectivamente, ganhando ao todo quatro corridas (duas para Jones - Long Beach e Las Vegas -, duas para Reutmann - Brasil e Belgica.) As novidades da versão C eram a adopção de uma suspensão hidropneumática, no sentido de conseguir superar o efeito-solo perdido com a abolição das saias, no inicio desse ano.
No final de 1981, Jones retira-se da competição e em seu lugar vem o finlandês, ex-Wolf e Fittipaldi, Keke Rosberg. O piloto guia nas três primeiras provas do ano com FW07C, enquanto não fica pronto o FW08, que se estreou no GP da Belgica. Até lá, Rosberg e Reutmann mostram que o carro continua a ser competitivo, mesmo depois de entrar no seu quarto ano de competição. Contudo, é um ano agitado para a equipa: Reutmann sai após o GP do Brasil, e é substituido pelo irlandês Derek Daly. No final da época, Rosberg é campeão do Mundo, mas é maioritariamente graças ao FW08.
Contudo, o FW07 torna-se num dos carros mais bem sucedidos do seu tempo, e alguns dos chassis são comprados por pilotos e equipas privadas, como a RAM, em 1980 e 81, onde são guiados por pilotos como Ruppert Keegan ou Geoff Lees. Outros pilotos, como o espanhol Emilio de Villiota e a sul-africana Desireé Wilson também usarão o FW07 nas suas incursões pela Formula 1.
Carro: Williams FW07
Projectistas: Patrick Head e Neil Oatley
Projectistas: Patrick Head e Neil Oatley
Motor: Cosworth V8 de 3 Litros
Pilotos: Alan Jones, Clay Regazzoni, Carlos Reutmann, Keke Rosberg, Rupert Keegan, Kevin Cogan, Emilio de Villiota, Geoff Lees e Desireé Wilson.
Corridas: 43
Vitórias: 15 (Jones 12, Reutmann 2, Regazzoni 1)
Poles: 8 (Jones 6, Reutmann 2)
Voltas Mais Rápidas: 15 (Jones 10, Reutmann 3, Reggazoni 2)
Pontos: 297 (Jones 153, Reutmann 104, Regazzoni 32, Rosberg 8)
Pilotos: Alan Jones, Clay Regazzoni, Carlos Reutmann, Keke Rosberg, Rupert Keegan, Kevin Cogan, Emilio de Villiota, Geoff Lees e Desireé Wilson.
Corridas: 43
Vitórias: 15 (Jones 12, Reutmann 2, Regazzoni 1)
Poles: 8 (Jones 6, Reutmann 2)
Voltas Mais Rápidas: 15 (Jones 10, Reutmann 3, Reggazoni 2)
Pontos: 297 (Jones 153, Reutmann 104, Regazzoni 32, Rosberg 8)
Títulos: Campeão do Mundo de Condutores em 1980 (Alan Jones) e Bi-campeão do Mundo de Construtores, em 1980 e 1981.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Williams_FW07
http://4rodinhas.blogspot.com/2007/05/williams-fw07b-alan-jones-1980.html
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