O efeito Filipe Albuquerque

Os dois pódios deste fim de semana por parte do piloto de Coimbra fizeram com que Portugal desse um salto de gigante no Mundial de A1GP deste ano. De 28 pontos antes da jornada dupla de Xangai, Albuquerque tem agora 50, e do 14º lugar na classificação geral, agora chegou ao "Top Ten".

Portugal não entra agora nas contas do título, devido ao facto de ele só ter entrado a meio da época, antes da jornada dupla de Durban. Mas se contabilizarmos apenas as três ultimas jornadas duplas - seis corridas - em que foi ele o nosso piloto, a classificação seria a seguinte:

1º Suíça, 57 pts.; 2º PORTUGAL, 45; 3º Grã-Bretanha, 41; 4º Canadá, 38; 5º Irlanda, 33; 6º Estados Unidos, 32; 7º Nova Zelândia, 25; 8º Holanda, 25; 9º Malásia, 23; 10º China, 17; 11º França, 15; 12º África do Sul, 13; 13º Índia, 12; 14º Alemanha, 6; 15º Brasil, 6; 16º Itália, 6; 17º Austrália, 5; 18º México, 3.

Já agora, só para termos de comparação: quando teve João Urbano como piloto, a equipa portuguesa somente conquistou cinco pontos, e nenhum pódio. É um sinal indesmentível de que a "chicotada psicológica" que Luis Vicente, o dono da A1GP Team Portugal deu um enorme resultado. E ressuscitou a carreira de um piloto que, depois de ter sido dispensado da Red Bull Academy, após ter recusado correr para a Formula Nippon no final da época.

Albuquerque já tem garantido o seu lugar na equipa em 2009. Provavelmente vai ser um dos grandes candidatos ao título no próximo campeonato. Provou também que em termos de futuro, Portugal não pode olhar só para Alvaro Parente. Albuquerque tem todo o potencial para correr num Formula 1, mas neste momento não tem lugar nem na GP2, nem na World Series by Renault. Essa injustiça tem que ser corrijida o mais depressa possivel, caso contrário, corre-se o risco de ver mais um talento perdido...