Por fim, chegou o dia das corridas em Portimão. Neste Domingo de Páscoa na ponta ocidental do Algarve (mais conhecido localmente por Barlavento), máquinas e pilotos de 22 países estiveram no novo Autódromo de Portimão para correr na jornada dupla da A1GP, três anos depois da sua passagem pelo Autódromo do Estoril.
Depois de um desempenho algo modesto nos treinos (5º na Sprint race e 7º na Feature Race), cabia a Filipe Albuquerque tentar recuperar alguma dessa desvantagem e conseguir ultrapassar os seus adversários mais directos: a Irlanda, com Adam Carrol ao volante, e a Suiça, de Neel Jani. Mas também tinha que estar atento à Holanda, com Robert Doornbos, e à Itália, agora reforçada com a presença de Vitantonio Liuzzi. E ver o desempenho de alguns pilotos, como Nicolas Prost, pela França, e Felipe Guimarães, pelo Brasil.
A Sprint Race começa com Doornbos na frente, e Albuquerque a saltar para o quarto lugar, passando o libanês Daniel Morad. A ordem das coisas não se alterou muito até à paragem obrigatória nas boxes, com Albuquerque a seguir de perto o trio da frente: Doornbos, Liuzzi e Carrol. Entretanto, mais atrás, Earl Bamber, da Nova Zelândia, perdia o controlo do seu carro, e terminava permaturamente a sua corrida.
Quando chegou a vez da obrigatória paragem nas boxes, o carro italiano foi mais lento do que os seus directos adversários, e foi ultrapassado por Carrol e Albuquerque. O piloto português, agora terceiro, foi em perseguição dos dois primeiros, mas estes estavam tão rápidos como ele, e a ordem não se alterou. Quanto a Liuzzi, teve de se defender de Clivio Piccione, do Mónaco, para conseguir garantir a quarta posição, o melhor resultado do ano para as cores transalpinas.
Contudo, a corrida terminaria antecipadamente na 11ª volta devido a um toque entre Felipe Guimarães e o carro sul-africano, guiado por Adrian Zaugg. Ambos os carros ficaram atravessados na pista, e as bandeiras vermelhas foram mostradas. Apesar de tudo, Guimarães ficou com o sétimo posto final, um claro sinal de progresso do piloto brasileiro.
Quase três horas mais tarde, veio a corrida mais longa, a Feature Race. Na partida, há menos um carro, o do Brasil, pois não conseguiram recupera-lo a tempo da corrida. Albuquerque larga mal e é superado pelo americano Marco Andretti. Mas mais atrás, outro dos candidatos ao título, Robert Doornbos, desistia, vítima de um problema de motor. Mas pouco depois, os comissários de pista descobrem que Adam Carrol saiu antes de tempo, logo, era peanlizado por um "drive through", ou seja uma passagem pela boxe. Entretanto, Albuquerque passava Andretti e estava atrás de Adrian Zaugg, no quarto lugar. Na primeira paragem nas boxes, Albuquerque não conseguiu ultrapassar o sul-africano, e foi até ultrapassado pelo neto de Mario Andretti.
Após o primeiro ciclo de paragens, e depois de passar Andretti, Albuquerque era quarto, estando atrás de Africa do Sul e Nova Zelândia (Adrian Zaugg e Earl Bamber, respectivamente), com Neel Jani a aproveitar a penalização de Carrol para garantir a liderança. E pouco depois, a luta acabava mal, na Curva 3: um excesso de Bamber na travagem, batendo na traseira do carro sul-africano, e dando de bandeja a segunda posição ao piloto de Coimbra.
O acidente teve consequências: O Safety Car entrava em pista a 26 voltas do fim, e tudo ficava na primeira forma. Jani tinha agora Albuquerque às suas costas, com Liuzzi e Andretti logo a seguir. E com isso, havia possibilidades reais: para Jani, o de recuperar a liderança, para Albuquerque, era o de chegar à liderança e conseguir uma vitória inédita em casa.
E no recomeço, Albuquerque arrisca passar Jani... e consegue. Mas é de pouca dura. Logo atrás, Andretti passa Liuzzi, mas o piloto americano exagera e ambos tocam-se, e Liuzzi ainda bate no carro de Clivio Piccione, fazendo com que o Safety Car entre de novo. Com isso tudo, Adam Carrol era oitavo, ou seja, uma situação negativa ao inicio estava a transformar-se numa situação positiva...
Na segunda passagem pela boxe, Albuquerque demorou demasiado tempo, e Jani regressou à liderança, e tinha o seu outro rival, Adam Carrol, mesmo atrás. O piloto irlandês pressionou o português até que... os comissários de pista dizerem que Carrol tinha feito uma ultrapassagem com o Safety Car em pista, logo... novo "drive through". Mas Albuquerque ainda tinha outras preocupações, com Narain Kahtikayean, da India, e Fairuz Fauzy, da Malásia, colados a ele. E Neel Jani era o lider confortável.
Contudo, o final é controverso. A Irlanda decidiu ignorar a penalização e ir até ao fim, acabando na segunda posição, atrás de Jani. Albuquerque acabava de novo no terceiro posto, o que era um bom resultado para o fim de semana. Karthikayean despista-se e Fauzy herda o quarto posto para a Malásia. Mas esta corrida iria ainda ter um prolongamento na secretaria... A próxima jornada dupla do campeonato aconterá a 3 de Maio no circuito inglês de Brands Hatch.
2 comentários:
O que não deu prá entender foi a não penalização ao Marco Andretti que claramente "queimou" a largada. E o teu patrício então?? Fez aquele caos na relargada que quase provocou um acidente de proporções maiores, e nada de punição, só à equipe irlandesa?? Será perseguição??? He, hehe. que tá esquisito ahh, isto tá...
el a1gp no esta dominado por alguna figura en especial pero muy pronto lo abra
Enviar um comentário