sábado, 18 de abril de 2009

O piloto do dia - Anthony Davidson

Engraçado... ontem escrevi a biografia de um ex-piloto de Formula 1 que tinha chegado à casa dos trinta, e hoje vai-se passar exactamente a mesma coisa. O piloto em questão foi considerado um dos mais promissores enquanto andava nas categorias de acesso, mas quando chegou à Formula 1, ficou durante muito tempo com o papel de piloto de reserva da BAR e depois da Honda. Hoje em dia, cumpre o mesmo papel na Brawn GP, mas é comentador na britânica Radio 5. Hoje é dia de dar os parabéns a Anthony Davidson.


Nascido a 18 de Abril de 1979 em Hernel Hempstead, no Herefordshire, Davidson começou a competir aos oito anos, no karting. Até 1995, competiu em diversos campeonatos, quer em Inglaterra, quer na Europa, quer nos Estados Unidos, onde venceu três campeonatos britânicos, e em 1996 foi segundo classificado na Formula A europeia. Em 1999, com 20 anos, passou para os monolugares, nomeadamente a Formula Ford 1600, onde ganhou na sua classe no Formula Ford Festival. Em 2000, repete o feito, mas no campo geral.


Em 2001, passa para o nivel seguinte, a Formula 3, onde fez parceria com o japonês Takuma Sato, na equipa Carlin. Ambos dominam o campeonato desse ano, mas o japonês é o campeão daquele ano, com Davidson a ficar logo a seguir na classificação, com sete pole-positions e seis vitórias. Mas nesse ano, vence a Taça Europeia de Formula 3 e é terceiro na Masters de Zandvoort. Isso é o suficiente para ser o piloto de testes e de reserva para a BAR-Honda em 2002, e quando Alex Yoong se magoa e fica de fora por duas corridas, Paul Stoddart pede à BAR para que empreste Davidson por duas corridas: Hungria e Belgica. Dá-se bem nessas corridas, mas não as termina.


Em 2003 continua como piloto de testes da BAR, mas as oportunidades para correr na categoria maior não aparecem. Portanto, a temporada vai ser passada na Le Mans Series, onde a bordo de um carro da Prodrive Racing, na classe GTS. Isso incluiu uma passagem pelas 24 Horas de Le Mans, onde não terminou a corrida. No ano seguinte, torna-se terceiro piloto da BAR, e tem a oportunidade de correr nas sextas-feiras antes da qualificação, para se dar melhor a conhecer. Faz boas performances, e no final do ano, a Williams tentou contratá-lo por uma temporada. Contudo, a BAR faz exigências elevadas, e o negócio é abortado.


Davidson volta a correr no GP da Malásia de 2005, substituindo Takuma Sato, que se sentira mal disposto, mas a corrida só dura duas voltas, devido a um motor rebentado. Continua a ser piloto de testes, mesmo depois da BAR ter mudado o nome para Honda. No final desse ano, a Super Aguri pede à Honda para que ele seja o seu piloto para a temporada de 2007, ao lado de Takuma Sato. E assim, aos 26 anos, tinha finalmente a sua primeira temporada completa.

Apesar do carro ser um chassis da Honda do ano anterior, as performances de Sato e Davidson são tão ou bastante melhores do que o da casa-mãe, e conseguem pontuar por algumas vezes. Contudo, Davidson nunca tem oportunidade para chegar lá, excepto por uma ocasião, no Canadá. Nessa corrida, rodava a caminho de um lugar no pódio quando... atropelou uma marmota. Os estragos sofridos no carro fizeram com que terminasse a corrida na 11ª posição final, o que lhe estragou a sua unica hipótese de pontuar...

Apesar de tudo, e dos problemas que a Super Aguri passava, ficou para 2008, ao lado de Sato. Mas as dívidas e as exigências da casa-mãe, principalmente Nick Fry, fizeram com que a Super Aguri terminasse as suas actividades após o GP da Turquia, a quinta prova do campeonato.

A sua carreira na Formula 1: 24 Grandes Prémios, em quatro temporadas (2002, 2005, 2007-08), zero pontos.


Aprós o fim da Super Aguri, Davidson tornou-se piloto de testes da Honda, enquanto que começava um trabalho como comentarista de rádio na britânica BBC Radio 5, trabalho que continua nos dias de hoje, bem como de ser piloto de testes da nova Brawn GP.

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