Hoje puxarm-me pela memória recente, para recordar um piloto cuja passagem pela Formula 1 é mais lembrada pelos seus desastres do que as suas performances em pista. Mas só falar do desastre é um pouco injusto para alguém que, mesmo não tendo uma carreira fabulosa, foi um piloto que passou pela Formula 1 e fez parte dela durante duas temporadas e meia. Na semana em que comemora o seu 30º aniversário, vou falar da vida e carreira do holandês Christijan Albers.
Nascido a 16 de Abril de 1979 em Eindhoven, na Holanda, Albers é filho de André Albers, piloto de Rallycross nos anos 70 e 80. Durante muito tempo pensava-se que era parente de Marcel Albers (1967-92), promissor piloto holandês que morreu numa prova de Formula 3 em Thruxton, mas não existe qualquer relação de parentesco. Começou a sua carreira no karting, onde teve como auge a vitoria no campeonato nacional, em 1997. Nesse ano, tinha dado o salto para os monolugares, na Formula Ford 1800, onde foi campeão nacional na Holanda e na Bélgica. No ano seguinte, passa para a Formula 3 alemã, onde se torna campeão nacional, com dez vitórias na carreira.
Em 2000, passa para a Formula 3000 europeia, onde é companheiro do australiano Mark Webber. Não marcou qualquer ponto nessa temporada, e isso fez com que passasse em 2001 para os turismos alemães, mais concretamente o DTM. Começando numa equipa privada, os resultados foram a principio modestos, mas o talento existia. Quando em 2003 passa para a equipa oficial da Merecedes, após a retirada de Uwe Alzen, os resultados começaram a melhorar significativamente. Nesse ano venceu três corridas e desfiou abertamente Bernd Schneider na luta pelo título desse ano, mas falhou a sua conquista. No ano seguinte, com mais uma vitória no Estoril, continuou a desafiar Schneider para o título, mas acabou na terceira posição final.
Todos estes bons resultados acabam por chamar a atenção do seu antigo patrão na Formula 3000, que era nada mais, nada menos do que… Paul Stoddart. Na altura era o patrão da Minardi, e ainda em 2004 tinha assinado um contrato com a equipa para ser piloto de testes. No final desse ano, depois de uma sessão de testes bem sucedida, Stoddart escolheu-o para ser o piloto efectivo da equipa para a temporada de 2005, tendo a seu lado o austríaco Patrick Freisacher.
Estando na Minardi, Albers iria ter uma temporada difícil com um carro que iria ficar sempre na ultima fila da grelha de partida. Mas em Indianápolis, a sorte iria calhar a ele, quando os carros com pneus Michelin decidiram não alinhar na corrida, devido ao perigo de acidente devido à fragilidade dos compostos franceses. Somente seis carros alinharam, e Albers marcava os seus quatro únicos pontos da sua carreira. No final do ano, será 19º classificado.
No final de 2005, a Jordan é comprada pela Midland, e escolhem Albers para alinhar ao lado de Tiago Monteiro. Contudo, o ano de 2006 não é melhor do que o ano anterior, e Albers tem como melhor resultado um décimo lugar na Hungria, pior do que o seu companheiro Monteiro, que apesar de também não marcar pontos, tem melhores resultados, como um nono lugar nessa mesma corrida.
Nascido a 16 de Abril de 1979 em Eindhoven, na Holanda, Albers é filho de André Albers, piloto de Rallycross nos anos 70 e 80. Durante muito tempo pensava-se que era parente de Marcel Albers (1967-92), promissor piloto holandês que morreu numa prova de Formula 3 em Thruxton, mas não existe qualquer relação de parentesco. Começou a sua carreira no karting, onde teve como auge a vitoria no campeonato nacional, em 1997. Nesse ano, tinha dado o salto para os monolugares, na Formula Ford 1800, onde foi campeão nacional na Holanda e na Bélgica. No ano seguinte, passa para a Formula 3 alemã, onde se torna campeão nacional, com dez vitórias na carreira.
Em 2000, passa para a Formula 3000 europeia, onde é companheiro do australiano Mark Webber. Não marcou qualquer ponto nessa temporada, e isso fez com que passasse em 2001 para os turismos alemães, mais concretamente o DTM. Começando numa equipa privada, os resultados foram a principio modestos, mas o talento existia. Quando em 2003 passa para a equipa oficial da Merecedes, após a retirada de Uwe Alzen, os resultados começaram a melhorar significativamente. Nesse ano venceu três corridas e desfiou abertamente Bernd Schneider na luta pelo título desse ano, mas falhou a sua conquista. No ano seguinte, com mais uma vitória no Estoril, continuou a desafiar Schneider para o título, mas acabou na terceira posição final.
Todos estes bons resultados acabam por chamar a atenção do seu antigo patrão na Formula 3000, que era nada mais, nada menos do que… Paul Stoddart. Na altura era o patrão da Minardi, e ainda em 2004 tinha assinado um contrato com a equipa para ser piloto de testes. No final desse ano, depois de uma sessão de testes bem sucedida, Stoddart escolheu-o para ser o piloto efectivo da equipa para a temporada de 2005, tendo a seu lado o austríaco Patrick Freisacher.
Estando na Minardi, Albers iria ter uma temporada difícil com um carro que iria ficar sempre na ultima fila da grelha de partida. Mas em Indianápolis, a sorte iria calhar a ele, quando os carros com pneus Michelin decidiram não alinhar na corrida, devido ao perigo de acidente devido à fragilidade dos compostos franceses. Somente seis carros alinharam, e Albers marcava os seus quatro únicos pontos da sua carreira. No final do ano, será 19º classificado.
No final de 2005, a Jordan é comprada pela Midland, e escolhem Albers para alinhar ao lado de Tiago Monteiro. Contudo, o ano de 2006 não é melhor do que o ano anterior, e Albers tem como melhor resultado um décimo lugar na Hungria, pior do que o seu companheiro Monteiro, que apesar de também não marcar pontos, tem melhores resultados, como um nono lugar nessa mesma corrida.
Mas Albers fica na Formula 1 por mais uma temporada, graças… aos holandeses. No final de 2006, a Midland é comprada pelos holandeses da Spyker, e Albers é a escolha natural da equipa. Contudo, os resultados não são os melhores, pois é constantemente batido pelo seu companheiro, o alemão Adrian Sutil. As coisas chegaram a um ponto baixo quando no GP de França, em Magny-Cours, sai de um reabastecimento cedo demais e leva atrás de si a mangueira de combustível. Alguns dias depois, a Spyker decidiu dispensar os seus serviços.
A sua carreira na Formula 1: 46 Grandes Prémios, em três temporadas (2005-07), quatro pontos.
Após a sua passagem pela Formula 1, Albers voltou ao DTM, desta vez para correr na rival Audi, num carro com especificações de 2006, tendo como companheira a inglesa Katherine Legge. Não marcou pontos. No final do ano, Albers foi correr na American Le Mans Séries, mais concretamente na etapa de Laguna Seca, a bordo de um Audi R10 oficial. Este ano, Albers vai continuar nos Sport-Protótipos, mais concretamente na Le Mans Séries, a bordo de um R10 da equipa privada Kolles, do seu ex-patrão na Spyker, e pode ser que corra de novo no DTM…
A sua carreira na Formula 1: 46 Grandes Prémios, em três temporadas (2005-07), quatro pontos.
Após a sua passagem pela Formula 1, Albers voltou ao DTM, desta vez para correr na rival Audi, num carro com especificações de 2006, tendo como companheira a inglesa Katherine Legge. Não marcou pontos. No final do ano, Albers foi correr na American Le Mans Séries, mais concretamente na etapa de Laguna Seca, a bordo de um Audi R10 oficial. Este ano, Albers vai continuar nos Sport-Protótipos, mais concretamente na Le Mans Séries, a bordo de um R10 da equipa privada Kolles, do seu ex-patrão na Spyker, e pode ser que corra de novo no DTM…
Fontes:
5 comentários:
Hahaha, grande Cristijan Albers... grande e saudosa Minardi. Aliás, a Minardi lançou muita gente boa (Fisichella, Trulli, Alonso, etc), mas deu chance a muita, muita gente ruim... quem não se lembra de Alex Yoong? Justin Wilson? Gianmaria Bruni? Estão aí três sugestões para o "Piloto do Dia"... sugestões exóticas, eu diria!Hahah
Abraço!
Do Yoong já fiz, Hugo. Agora dos outros... com o tempo. O que não falta aí são F1 Rejects!
Propostas para o post "Piloto do Dia":
Alex Yoong (correu na Minardi, entre 2001 e 2002);
Jean-Denis Délétraz (último piloto suíço a correr na F-1 antes de Sébastien Buémi.
Correu na Larrousse e na Pacific entre 1994 e 1995)
Paolo Barilla (italiano que correu na Minardi, só levava surra de Pierluigi Martini nos treinos)
Maurício Gugelmin (correu por Leyton House/March e Jordan entre 1988 e 1992,
Pierluigi Martini (tirava "leite de pedra" com a Minardi, largou na frente de Senna em 90,
liderou o GP de Portugal e venceu as 24 horas de Le Mans em 99)
fez sucesso na Champ Car, e foi amigo de Ayrton Senna, que chegou a indicá-lo para a Lotus, em 1985)
Stéphan Grégoire (não correu na F-1, mas fez relativo sucesso na Champ Car - unificada na época)
Martin Donnelly (fez 45 anos em março, mas o post sobre ele não foi feito.
Será que dá para fazer um post de um aniversariante de março em abril?)
Philippe Adams (correu na Lotus, em 1994, e fará 40 anos em novembro)
Jan Magnussen (correu sem sucesso na F-1, passou na Champ Car, primeiro substituindo Emerson Fittipaldi,
e fez uma temporada fraca em 1999)
Érik Comas (correu na Ligier e na Larrousse, sem muito sucesso)
Olivier Grouillard (piloto francês sem sucesso algum na F-1)
Éric Bernard (se envolveu no acidente triplo na corrida do Brasil, em 1994, e fez pódio na Alemanha)
a questão de indianápolis, não foi com o tiago monteiro, onde apenas a ferrari e a jordan alinharam nessa corrida???
Gaseador:
Sim, é essa corrida mesmo, onde somente seis carros ailinharam...
Anónimo:
Agradeço as tuas sugestões, e com o tempo as farei. Mas gostaria imenso que tu te identificasses, pois normalmente a minha politica é simplesmente rejeitar este tipo de comentários. Portanto, aconselho-te a fazeres o teu registo.
E alguns dos nomes que me deste (Martini, Yoong, Gugelmin) já as fiz no passado. Basta fazer uma pequena pesquisa por esses nomes no meu arquivo, OK?
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