sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aprovado! Novo sistema de pontuação em 2010

O novo sistema de pontuação da Formula 1, a partir da temporada de 2010, foi hoje aprovado na reunião da FIA, a primeira sob a presiência de Jean Todt. O sistema definitivo teve ligeiras alterações do sistema proposto, mas o essenciual está lá: o sistema de pontuação é alargado até aos dez primeiros, o primeiro classificado recebe 25 pontos, o segundo leva 20 e o terceiro 15.

Eis o sistema completo: 25-20-15-10-8-6-5-3-2-1.

Como disse ontem, não existem sistemas perfeitos. Mas o equilibrio entre premiar as vitórias e a regularidade espero que tenha sido tido em conta, porque é essa a essência da categoria máxima do automobilismo. Mas acho também que este deve ser o limite: somente dez pilotos devem merecer pontos. Não quero, nem desejo a "nascarização" desta categoria, sob pena de não só ser acusado de copiar métidos, como o de banaizar algo que durante mais de sessenta anos foi considerado como um prémio. Especialmente por aqueles que não tinham a possibilidade de chegar à vitória. O espírito da Formula 1 também passa por aí.

5 comentários:

Anónimo disse...

Não entendi!

25-20-15-10-8-6-5-3-2-1???

Por que não:

25-20-15-10-8-6-4-3-2-1???

Não gostei dessa distribuição "farta" de pontos...
Assemelha-se à NASCAR, com seus incontáveis pontos, o que é horrível...

Daniel Médici disse...

Após algumas contas matemáticas simples... mudei de opinião. Não gosto desse sistema.

Anónimo disse...

Esse sistema de pontos é uma enganação que, além de tudo, deturpa a história da categoria.

São muito mais pontos contra do que a favor.

Como o Daniel Médici disse, basta fazer um simples cálculo pra notar que a relação de proporção entre o sistema atual e o que será implantado em 2010, no que diz respeito ao primeiro e segundo colocados, será praticamente a mesma. Ao olhar, de cara, enche os olhos ver a diferença de cinco pontos para vencedor e segundo colocado. Mas na prática, resultará na mesma coisa.

Além disso, é uma enganação um piloto comemorar um ponto após chegar em décimo lugar. Mérito é suar pra chegar em sexto e conseguir um ponto. Fechar o Top-6. Fechar o Top-10 não vale nada. Esse sistema daria muito mais valor, por exemplo, a Nelsinho Piquet, que chegou trocentas vezes em nono e décimo lugares em 2008 e 2009. Talvez sequer ele tivesse sido demitido por seus "bons resultados".

Além disso, me incomoda profundamente saber que em mais três ou quatro anos, Alonso terá batido o recorde de pontos que Schumacher levou 16 anos pra construir. Me incomoda profundamente saber que o próximo campeão, seja ele Alonso, Hamilton ou qualquer outro de menor expressão, automaticamente quebrará o recorde de 144 pontos que Schumacher estabeleceu em 2004.

Esse sistema é uma farsa. Repito: basta um simples cálculo matemático pra concluir isso.

Além disso, F-1 é lugar para as melhores equipes e para os melhores pilotos. Se um carro não tem condições de chegar entre os seis ou entre os oito, azar. Sai da F-1. Entra outro. A F-1 sempre foi assim.

Logo vão dar 10 pontos, ao invés de três, para o vencedor de cada partida de futebol. Não tem cabimento isso.

Desculpe, seus argumentos são coerentes, de fato, mas como eu disse, são muito mais argumentos contra do que a favor. Isso não é modernizar, é retroceder.

Fernando Kesnault disse...

Creio que o Napoleão Todt se olvidou de dar pts. (pelo menos 2) ao pole position e 1 pt (pelo menos) a quem fizer a melhor volta, seria mais justo e coerente com este novo sistema de pontos.

Speeder76 disse...

É certo que este sistema de pontos simplesmente duplica a quantidade, e não se altera a sua proporção para, por exemplo, valorizar a vitória. Mas depois voltava à mesma questão: tem de haver um equilibrio nos pontos, para evitar campeões demasiadamente antecipados.

Que deviam dar pontos à pole-position e à volta mais rápida, até concordo, no sentido de valorizar estas coisas e não ser uma mera estatística.


Contudo, no final, continuo a defender esta alteração do sistema de pontos, e nunca a sua diminuição. Numa era onde os carros serão cada vez mais resistentes, e o pelotão se alarga, e não se encontram soluções válidas para resolver o problem das ultrapassagens, este problema iria colocar-se mais tarde ou mais cedo. Aconteceu o ano passado com o estupido sistema de medalhas, que foi imediatamente rechaçado.


Agora, se queriam um regresso ao sistema dos seus primeiros, a dar nove ou dez pontos ao primeiro, então, com a actual tecnologia, devia-se diminuir a grelha para 16 carros, para que todos tivessem hipóteses de pontuar. As pessoas esquecem que, nos ano 80, para conseguires o tal ponto, tinhas que rezar por uma hecatombe.


E os exemplos no futebol não deviam ser usados, pois acho que devido à suas regras e a resistência à mudança, começa a ser arcaico.


E para finalizar: os recordes existem para ser batidos. Se pensassemos assim, então a Formula 1 só deveria ter nove ou dez provas, como era nos anos 60 e inicio dos anos 70. As 16 provas é um produto do final dos anos 70, inicio dos anos 80. E certamente deve ter sido contestado por essa altura...

Em suma, o mundo é feito de mudança. Não mudamos, arriscamo-nos a ficar para trás. Claro, também receio que certo dia decidam tornar isto numa versão europeia da NASCAR, mas espero que haja um bom senso.