A 5ª Coluna desta semana trata essencialmente de duas categorias monomarca, que tinham como objectivo aliar o automobilismo com outros propósitos: a A1GP, que é uma "Formula das Nações", onde 24 carros competem entre si para saber quem é a melhor nação, e a Superleague Formula, um conceito onde se mistura automobilismo com os clubes de futebol. No final de 2009, ambos vivem numa encruzilhada: uma está à beira da insolvência, a outra já tem um patrocinador principal e parte para 2010 com um calendário alargado, e quer angariar mais clubes.
Eis alguns excertos:
(...) "Em 2007 foi assinado um acordo com a Ferrari, para que este desenhasse o carro, e colaborasse na categoria até 2014. Antes disso, corriam com chassis da Lola, motores Zytek e pneus Cooper. O homem detrás da categoria é Tony Teixeira, um luso-sul-africano que se aliou em primeiro lugar ao sultão árabe para fazer mover a ideia. Contudo, no final de 2006, Makhtoum al Makhtoum saiu de cena, deixando a Teixeira o controlo da acção. Então, este anunciou planos para transferir a sua fábrica de Inglaterra para Portimão, onde os carros seriam ali fabricados e mantidos num parque industrial que iria ser construído. Assinado o acordo, esperava-se que as obras arrancariam o mais tardar, em Julho de 2009.
Contudo, nos últimos tempos só se ouvem coisas pouco abonatórias sobre o projecto. Quando em 2006 o sheik Makhtoum al Makhtoum saiu, os prejuízos eram da ordem dos 200 milhões de dólares, e ao longo dos quatro anos, nunca conseguiu atrair capital suficiente ou um parceiro de monta para patrocinar a competição. Para piorar as coisas, quando houve a transferência de chassis, em 2008, os vários atrasos no plano fizeram com que a corrida inaugural do campeonato não fosse o circuito de Mugello, como estava inicialmente previsto, mas sim o circuito holandês de Zandvoort." (...)
(...) "Três anos depois de começar a A1GP, surgia a ideia de uma competição onde se combinavam duas modalidades completamente distintas: futebol e automobilismo. Uma ideia de dois homens de negócios, o espanhol Alex Andreu e o inglês Robin Webb, o objectivo era de atrair os adeptos das suas equipas de futebol para o automobilismo. Atraíram várias equipas europeias e mundiais, desde os mais tradicionais (AC Milan, Liverpool, Flamengo, Corinthians) até aos improváveis (Beijing Guoan, Al-Ain), começou a competir a meio de 2008, com chassis construídos pelos americanos da Panoz, e a desenvolver um motor V12 da Menard, capazes de desenvolver 750 cavalos de potência.
Com um calendário exclusivamente europeu, mas com a promessa de expandir para outros circuitos fora do continente, conseguiu atrair várias equipas e pilotos de topo, como António Pizzonia, Sebastien Bourdais, Robert Doornbos, Giorgio Pantano e Álvaro Parente, entre outros. Aos poucos e poucos, o trabalho de Andreu e Webb tem tido os seus frutos, desde transmissões televisivas em canal aberto, até à atracção de um “major sponsor” a petrolífera angolana Sonangol." (...)
(...) "Os dois casos que apresento merecem reflexão. A Superleague Formula terá uma combinação vencedora pelo facto de combinar automobilismo e futebol? A A1GP falhou por meros erros de gestão ou porque a ideia da série estará desfasada? Se for o primeiro caso, estará explicado o motivo porque nunca tiveram um grande patrocinador para as séries? E o facto de a Superleague Formula ter um calendário europeu, em contraste com um calendário mundial para a A1GP, que implica mais despesas de transporte, contribuiu para este final? Cada um que tire as suas conclusões, mas creio que os factos falam por si."
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1 comentário:
Mom ami, minha opinião é que a A1-GP nunca contou com apoio de um patrocinador forte, pois se assim fosse estaria a pleno vapor e a idéia (país contra país) é tão boa que o Bernie morria de inveja do projeto (quem sabe compre-o mais tarde...), pois se assim não fosse a Copa do Mundo de Futebol (competição entre países - já que por nação entendo povos, e aí o bicho pegaria, pois tem muita gente por este "mundão" ser independente - ) estaria fadada ao insucesso.
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