... e no final, ganha a Alemanha. Esta Alemanha, que acabou de dar 4-0 à Argentina de Diego Armando Maradona, que todos diziam ser a equipa mais atrativa desde Mundial 2010, mostrou que, para além de ser eficaz, tem uma geração de jovens dispostos a vencer. Esqueçam que um é descendente de turcos, o outro é ganês, com um irmão a jogar pelo Gana, aquele tem o pai tunisino ou há dois polacos (poloneses, versão brasileira) e um até é alemão naturalizado... todos foram formados pelo futebol alemão, apesar dos ADN's diferentes. É um sinal dos tempos.
Já não existem mais alemães louros e de olhos azuis na "Mannschaft". Aliás, o que eles provam é que, mesmo que todos eles fossem de Marte, o que interessa é jogarem à alemã. Ou seja: defender e marcar de forma eficaz. E terem cabeça fria, esperando que as falhas dos outros sejam proveitosas para eles mesmos. E lá vão eles, caminhando e rindo, provavelmente a caminho de uma quarta estrela na sua camisola...
Quanto à Argentina, é verdade que Maradona conseguiu juntar 22 jogadores o os fez jogar com prazer. Mas não é um treinador de futebol, pois estes tentam contrariar os maus dias no banco. Recordo-me a qualificação apertada que tiveram, o 6-1 que levaram da Bolivia em La Paz, e no final, com um resultado "in extremis", o treinador veio à conferência de imprensa e disse aquelas palavras imortais: "Que los chupen. E siguen chupando". E agora, a honra da América do Sul está nas mãos de duas selecções de segunda linha, o Uruguai e o Paraguai... em suma, Maradona privou-nos de ver o seu adjunto a ser submetido a sexo anal, ou então de ver ele próprio, nu, no frio de Buenos Aires, a dar a volta ao Obelisco.
Será assim tão inevitável como a "blitzkrieg"? Veremos. O primeiro sinal de contrariedade dessa aparente caminhada poderá estar, não no campo do adversário, mas sim num aquário alemão, onde um polvo anda a acertar em todas as previsões dos jogos da Alemanha, incluindo quando perdeu 1-0 com a Sérvia, depois daquele convincente 4-0 sobre a Austrália. Se o polvo disser que no final, a Alemanha não ganha... dá ao mundo um sinal de que, mais do que esquemas táticos e sistemas de jogo, o acaso tem um papel decisivo. Até prova em contrário, aposto numa repetição da final de 1974. E francamente, não queria que repetisse o resultado final...
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