Charade era um circuito plantado nos arredores de Clermont-Ferrand, com cerca de oito quilómetros de extensão e era o equivalente francês de Nurburgring: longo e tortuoso, uma verdadeiro desafio para máquinas e pilotos. Batizado de Circuit Louis Rosier en honra do piloto francês, morto em 1956 e que vivia nessa zona, iria receber pela primeira vez na sua história, na temporada de 1965, o Grande Prémio de França.
Na lista de inscritos, a unica grande alteração foi o facto de Jack Brabham decidiu por agora ficar do lado de fora do carro e passá-lo ao neozelandês Dennis Hulme, que alinhava ao lado de Dan Gurney. De resto, tudo estava mais ou menos na mesma: a Lotus tinha Jim Clark e Mike Spence, a Ferrari John Surtees e Lorenzo Bandini, a BRM Graham Hill e Jackie Stewart, a Honda Ronnie Bucknum e Richie Ginther e a Cooper Jochen Rindt e Bruce McLaren. Para além dos oficiais, havia mais cinco privados: os dois Rob Walker de Jo Siffert, num Brabham-BRM, e o de Jo Bonnier, num Brabham-Climax, os dois da Reg Parnell Racing, de Chris Amon e Innes Ireland, e o pertencente a Bob Anderson.
Nos treinos, Jim Clark dominou ao fazer o melhor tempo, tendo a seu lado o novato escocês Jackie Stewart, no seu BRM e o Ferrari de Lorenzo Bandini. Na segunda fila estavam o segundo Ferrari de John Surtees e o Brabham de Dan Gurney, enquanto que na terceira plantavam o segundo Ferrari de Denny Hulme, o Honda de Richie Ginther e o Lotus-BRM de Chris Amon. A fechar o "top ten" ficaram o Cooper de Bruce McLaren e o segundo Lotus oficial de Mike Spence.
A corrida começa com Clark a partir na liderança da prova... e não mais a abandonar até ao final. Atrás dele, Bandini superara Stewart no segundo posto, mas logo a seguir o escocês recuperou o lugar perdido na partida e partiu em perseguição do seu compatriota. Mais atrás, Bandini tentou manter o terceiro posto, mas foi logo desafiado pelo Brabham de Gurney e o outro Ferrari de Surtees. O inglês ficou com o lugar e ficou mais aliviado quando Gurney teve de parar nas boxes para mudar as velas do seu crro, perdendo várias posições. A corrida ficou assim decidida e só houve uma mudança significativa na volta 36, quando Bandini se despistou devido à perda de uma roda.
No final, Jim Clark ganhou de novo e estava cada vez mais próximo do bicampeonato. Jackie Stewart conseguia ser o segundo, subindo ao pódio e confirmando a excelente temporada de estreia, enquanto que Surtees fechava o pódio. O neozelandês DEnnis Hulme conseguia aqui os seus primeiros pontos, quando chegou ao quarto posto, seguido pelo BRM de Graham Hill e pelo Brabham privado de Jo Siffert.
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