Após os acontecimentos de Jarama, o braço de ferro entre FOCA e FISA foi resolvido com a associação dos construtores a pagar as multas aos pilotos, razão pelo qual o braço de ferro e consequente boicote ao GP de Espanha tinha acontecido, e a consderar a corrida espanhola como sendo de "extra-campeonato", não válido para a classificação geral. Por agora, a FOCA tinha perdido a batalha, mas não a guerra.
Passaram-se quatro semanas sobre os eventos, mas não havia grandes alterações no pelotão. Marc Surer estava recuperado dos seus ferimentos nos tornozelos, que tinha acontecido após um acidente em Kyalami, e o seu substituto, o holandês Jan Lammers, ia para a Ensign, em substituição do francês Patrick Gaillard. Na Shadow, agora comprada por Teddy Yip, o homem por detrás da Theodore, as coisas continuavam más, e o milionário de Hong Kong começava a pensar sériamente em arrumar as malas e ir embora, para tentar de novo no ano seguinte.
A qualificação resultou numa primeira fila cem por cento francesa, para gáudio dos que ali foram: Jacques Laffite faz a pole-position, batendo o Renault de René Arnoux. O companheiro de Laffite, Didier Pironi, era o terceiro a largar, seguido pelo Williams de Alan Jones. O seu companheiro Carlos Reutemann fez o quinto melhor tempo, seguido pelo segundo Renault de Jean Pierre Jabouille. Alain Prost continuava a surpreender muita gente ao conseguir o sétimo tempo num pouco competitivo McLaren, com o brasileiro Nelson Piquet ao seu lado. A fechar o "top ten" estavam os Alfa Romeo de Bruno Giacomelli e Patrick Depailler.
Três carros não conseguiam a qualificação: foram o Ensign de Lammers e os Shadow de Dave Kennedy e Geoff Lees. Para Yip, foi o suficiente para arrumar a equipa de vez. Após oito épocas de presença, a equipa de origem americana chegava ao fim.
A corrida começa com Laffite na liderança, mas um pouco atrás, Jabouille tem uma falha de transmissão e desiste quase imediatamente. Atrás de Laffite estavam Arnoux, Pironi, Jones e Reutemann. Enquanto que Laffite se afastava do pelotão perseguidor, estes se degladiavam entre si, com Jones a assistir, para se preparar para o ataque. Em menos de duas voltas, passou Pironi e Arnoux e partiu em busca de Laffite, que por esta altura tinha uma vantagem de oito segundos.
Poucas voltas depois, Arnoux começou a ter problemas no acelerador do seu carro e foi apanhado pelo Brabham de Nelson Piquet. Jones começou a apanhar Laffite aos poucos até à volta 35, quando por esta altura, o piloto francês tinha problemas com os seus pneus. Nessa altura, Jones escostou-se a ele e aproveitou uma saida mais lenta dele para o passar, distanciando-se de imediato, rumo à vitória. Pouco depois foi a vez de Pironi passar Laffite, e as coisas mantiveram-se assim até à bandeira de xadrez.
Com a segunda vitória (oficial) da temporada, Jones tinha agora 28 pontos e era o lider do campeonato, contra os 25 de Piquet, que acabara a corrida no quarto lugar, os 24 de Pironi e os 23 de Arnoux, que acabou a corrida no quinto posto. A meio da temporada, era sinal do grande equilibrio existente no pelotão da Formula 1. O australiano subia ao pódio em conjunto com os pilotos da Ligier, Didier Pironi e Jacques Laffite, enquanto que Piquet, Arnoux e Reutemann ficavam com os restantes lugares pontuáveis.
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