Amanhã começa o Rali de Monte Carlo, que num ano especial (comemora o seu centenário) as cores nacionais estarão representadas por Bruno Magalhães, que volta a correr com o Peugeot 207 S2000, no qual conseguiu na temporada passada o quinto lugar na classificação geral e uma inesperada vitória no Rali dos Açores. Agora no seu segundo ano competitivo no IRC, Magalhães vai tentar melhorar o sétimo posto alcançado na edição do ano passado, mas este ano a concorrência vai ser extremamente apertada, dado que terá à partida pelo menos trinta máquinas semelhantes, entre Peugeot, Ford, Skoda, Proton e Renault.
Esta temporada, o piloto de 30 anos irá correr com um novo navegador, Paulo Grave - que regressa à competição depois de três anos de ausência - em substituição do anterior, Carlos Magalhães, que em 2011 irá correr ao lado do brasileiro Daniel Oliveira a bordo do novo Mini WRC.
"É uma grande satisfação poder voltar a participar no Rali de Monte Carlo, e no ano em que a prova assinala o centenário da sua primeira edição, com uma lista de inscritos de tão vasta qualidade que, atrevo-me a dizer, é a melhor lista de sempre. Por outro lado, esta é uma prova 'ingrata', na qual o resultado final pode depender, em muito, da escolha acertada dos pneus. Numa região onde as condições atmosféricas estão em permanente mudança torna-se difícil saber qual é a melhor opção de pneus para realizar cada classificativa", começou por afirmar em declarações à Autosport portugugesa.
Para ele, o objetivo "é mostrar que evoluí e que estou a andar mais depressa, muito embora saiba que esta prova é muito traiçoeira, onde tanto se pode sair da estrada na primeira como na última curva. Mas recuso-me a fazer qualquer projeção em termos de resultados porque a lista de inscritos não tem comparação possível com a do ano passado, quando fui sétimo à geral".
Em relação à troca de navegador, Bruno Magalhães diz que "é uma situação que não me preocupa, apesar do tempo de paragem do Paulo, pois sempre funcionámos muito bem e de todos os ralis que ele fez apenas cinco não foram comigo, pelo que estou tranquilo", concluiu.
Já Carlos Barros, diretor desportivo da Peugeot Sport Portugal, "o objetivo é terminar nos pontos, que agora são atribuídos até ao décimo lugar, a exemplo do que se passa no 'Mundial' e fazer melhor do que no ano passado, tanto mais que é a segunda vez que lá vamos. Sabemos que a concorrência é mais forte, que é uma prova com características muito especiais, face à instabilidade das condições atmosféricas, mas vamos confiantes.", afirmou.
Em relação à máquina, "o 207 Super 2000 teve algumas evoluções, depois de em San Remo termos utilizado um motor mais evoluído, o Spec 3, mas vamos dispor, ainda, de uma caixa otimizada, de travões mais eficazes e mais leves e de amortecedores desenvolvidos, especificamente, para Monte Carlo.", concluiu.
A prova começa amanhã em Valence, com a disputa das primeiras quatro etapas, e prosseguirá até à madrugada de Sábado, prefazendo um total de treze especiais de classificação, quase todas elas transmitidas na Europa pelo canal de televisão Eurosport.
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