Parece que nestes tempos, ninguém se quer aventurar para fora da Europa. Digo isto porque, ao acompanhar a lista de inscritos das provas do WRC, noto que nas corridas fora da Europa, a lista de inscritos parece ser diminuta. No México foram 25 os participantes, e hoje soube que os inscritos para o Rali da Jordânia, quarta prova do Mundial WRC, são apenas 31 os pilotos que confirmaram a sua participação.
A grande excepção até agora é o Rali de Portugal. 75 carros inscreveram-se para a prova que começará dentro de nove dias, e isso bate até os 48 pilotos que decidiram participar no primeiro rali oficial do ano, na Suécia.
Entre os inscritos na prova jordana, estão as equipas oficiais e as filiais. Cinco Citroens DS3 WRC, oito Ford Fiesta WRC, e um Mini S2000. Para além disso, sete dos dez pilotos na categoria SWRC marcarão presença na prova jordana.
Bem sei que estes são tempos de crise e o WRC está numa fase de transição, mas... não deveria estar a ver mais carros inscritos na lista? Se não vir mais inscritos nas provas fora da Europa, independentemente das circunstâncias temporais, o que vejo é que em certos aspectos, a expansão dos ralis para terras com pouca ou nenhuma tradição nesse campo, bem como a "pobreza" no panorama local, faz pensar em eventos futuros. Valeria a pena ter um rali em Abu Dhabi, quando se arrica a ter uma lista de inscritos com 20 ou 25 carros, por exemplo? Qual é o custo de receber o rali nessas paragens desconhecidas e deixar de fora provas como a Nova Zelândia, Argentina, Itália, Monte Carlo e outros, onde a lista de inscritos seria seguramente maior, e os custos bem menores? O dinheiro dos patrocinadores valerá tudo?
Veremos o que os próximos tempos nos reservarão. Mas seguir uma espécie de "modelo ecclestoniano de gestão" fará mais mal do que bem ao WRC. E o IRC está à espreita para receber os eventos despromovidos e lucrar com isso...
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