quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ecclestone quer o Bahrein no calendário, mas o paddock...

O calendário da Formula 1 para 2012 já é conhecido, mas não é totalmente seguro que vá ser assim, porque esta semana surgiram novidades relacionadas com o polémico GP do Bahrein, que como sabem, primeiro foi adiado e depois cancelado devido à agitação social que ocorreu naquela pequena ilha do Golfo Pérsico.

Agora, aparentemente, está de volta ao calendário da Formula 1, mas quer as equipas, quer os patrocinadores não estão muito felizes pelo fato de terem de ir lá, querem de uma certa forma a sua exclusão do campeonato, pelo menos enquanto a situação não estiver totalmente resolvida. E pelo que se lê nos jornais, isso está longe de acontecer. Eis o artigo na Autosport desta semana.

BAHREIN PAGOU MAS NÃO ESTÁ SEGURO

Bernie Ecclestone revelou na semana passada que os organizadores do GP do Bahrein pagaram 25 milhões de euros relativos à realização da corrida deste ano, antes desta ser adiada, e posteriormente, anulada, tendo mesmo recusado a devolução do dinheiro quando o patrão da Formula 1 se ofereceu para o fazer.

Segundo Ecclestone, "liguei-lhes para dizer que queria devolver o dinheiro que tinham pago e eles disseram para esquecer o assunto, pois não valia a pena devolver nada". Uma boa noticia para as equipas, pois os 12,5 milhões de euros que tem direito deste bolo vão ser distribuidos no final do ano, mans também é uma forma dos países árabes colocarem pressão sobre a FIA e as equipas de recolocarem a sua prova no calendário do ano que vêm.

Para já, o GP do Bahrein aparece no calendário provisório como a quarta prova, uma semana depois do GP da China, e mesmo se o assunto não foi tratado oficialmente durante o Conselho Mundial que se realizou na quinta-feira em Singapura, no paddock, ninguém acredita que a prova vá mesmo adiante. Segundo elementos dos departamentos comerciais que contactamos em Singapura, nenhum patrocinador está interessado em fazer-se representar no Bahrein e as próprias equipas continuam a lutar para que a prova seja adiada, pois existem problemas com os seguros dos seus elementos, como já aconteceu neste ano.

As eleições no sábado, boicotadas pela etnia xiita - maioritária no país - só deverão piorar as coisas, esperando-se mais confrontos na ilha durante as próximas semanas.

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