A etapa de hoje não era mais do que a consagração dos sobreviventes deste Dakar, pois apenas tinha 29 quilómetros cronometrados entre Pisco e Lima, a capital. E aí confirmou-se a superioridade dos Mini e mais uma vitória de Stephane Peterhsansel, que aos 45 anos tornou-se num dos pilotos mais bem sucedidos na história deste "rally-raid". Depois de seis vitórias nas motos (1991 a 93, 1995, 1997 e 1998), Peterhansel tem agora quatro nos automóveis, depois de 2004 e 2005, 2007 e agora, 2012.
Foi um Dakar onde Robby Gordon deu nas vistas, pelo melhor e pior, ainda por cima com uma desclassificação pendente de apelo. As vitórias na etapa constrastaram com os seus atrasos e acidentes, para acabar este rali na quinta posição da geral. Nani roma foi o segundo, no seu Mini, enquanto que Giniel de Villiers, no seu Toyota Overdrive, completou o pódio.
Na etapa de hoje, Robby Gordon foi o melhor, no seu Hummer, seguido pelo Mini de Ricardo Leal dos Santos, que com isto, consolidou o seu oitavo lugar da geral e coroou a sua recuperação no rali. "Estamos a andar muito bem. A nossa adaptação ao Mini All4 Racing foi-se consolidando durante o rali e hoje, que partimos mais aliviados de peso, conseguimos, finalmente, ter uma palavra a dizer, em termos de classificação. Este foi até à data o nosso melhor resultado de sempre numa etapa. Fomos os melhores da armada Mini e só o Hummer que, de acordo com os comissários técnicos não está regulamentar, ficou à nossa frente", referiu Ricardo Leal dos Santos à chegada a Lima.
Já Carlos Sousa chega ao final do Rali Dakar no sétimo lugar do rali, um lugar à frente de Leal dos Santos, mas com o sentimento de dever cumprido, dado que deu à Great Wall a sua melhor classificação de sempre. "Face à juventude deste projeto e às várias condicionantes que envolviam esta participação - como estar parado desde abril e ter testado o carro apenas três dias, em Marrocos -, é evidente que só posso estar muito satisfeito com este resultado. Cumpri a promessa de concluir a prova no top-10 e sei que dei todos os dias o meu melhor ao longo destas duas semanas. Nem sempre foi fácil, porque também tivemos alguns percalços, especialmente nas duas primeiras etapas no Peru, onde acumulámos uma série de problemas e um atraso superior a duas horas. Costumo dizer que no Dakar é habitual ter-se um dia mau... Só que desta vez tivemos dois consecutivos! Com um pouco mais de sorte, acho que poderíamos estar hoje um lugar acima na geral. Mas o Dakar é mesmo assim e o importante é que a equipa está muitíssimo satisfeita com o resultado, que realmente excedeu as melhores expectativas de todos os seus responsáveis", resumiu Carlos Sousa após a consagração na capital peruana.
"Independentemente do que possa reservar o futuro, sinto que já contribuí para que o desporto mundial ganhasse mais um construtor interessado em investir no automobilismo e em se promover internacionalmente através do Dakar", concluiu o piloto português, que amanhã comemora 46 anos de idade.
Nas motos, Cyril Després venceu o Dakar pela quarta vez na sua carreira, depois das vitórias em 2005, 2007 e 2010. Assim, conseguiu desempatar com Marc Coma, que venceu em 2006, 2009 e 2011. E Helder Rodrigues, pela segunda vez consecutiva, fica com o lugar mais baixo do pódio, igualando o seu melhor lugar de sempre.
E assim foi o Dakar de 2012. Em 2013, há mais.
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