Depois de ontem terem circulado fortes rumores do seu possivel cancelamento, devido à falta de garantias de segurança por parte das autoridades locais, o governo do Bahrein e a autoridade da Formula 1 vieram hoje a público reforçar as garantias de que o Grande Prémio se realizará na data prevista, 22 de abril, apesar das ameaças. "O Grande Prémio irá ter lugar e tenho a certeza que acontecerá sem problemas", afirmou Bernie Ecclestone em declarações captadas pelo jornalista britânico James Allen.
Sobre o fato das declarações do presidente da Federação Barenita de Automobilismo ter dito que o Grande Prémio seria "uma oportunidade para unir a população", Ecclestone afirmou: "Ficariamos felizes por sermos vistos dessa maneira, mas temos confiança neles [as autoridades barenitas]. Não vemos como é que poderemos contribuir para a reconciliação nacional, mas a coisa boa é que o Bahrein é mais democrático do que em muitos outros lados, porque as pessoas tem liberdade de expressão e podem protestar quando quiserem", continuou.
E sobre se teme pela sua segurança pessoal, o octogenário respondeu: "Não necessito e nunca necessitei de qualquer segurança pessoal, mas estou certo que farão o necessário. Será "business as usual", e acho que qualquer ação arrisca-se a ser tola porque será mostrado para o resto do mundo", afirmou, antes de culpar os média pelo "empolamento" da situação: "Sinceramente, acho que a imprensa deveria estar calada e deixar que os factos falem por si e não inventarem estórias", concluiu.
Apesar dos apoios públicos de Ecclestone, das equipas e de pilotos como Sebastian Vettel e Lewis Hamilton, e das garantias das autoridades locais, em privado, muitos membros das equipas expressam o seu receio sobre a situação atual do pequeno emirado no Golfo Persico. As manifestações, embora em menor escala, continuam a decorrer, e os apelos ao boicote continuam fortes e firmes, quer dentro do país, quer fora dele.
E os detratores, como Nabeel Rajab, presidente do Centro Barenita dos Direitos Humanos, disse à BBC que a corrida não deveria acontecer devido ao seu mau registo em termos de direitos humanos: "Não deveria acontecer [o Grande Prémio], nem que fosse em sinal de respeito aos membros da empresa que gere o circuito, e que foram sistemáticamente torturados dentro das suas instalações", afirmou ao programa Hard Talk, da cadeia britânica.
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