O primeiro dia do Rali da Argentina foi marcado pelas extensas classificativas, onde apesar de terem sido apenas seis que os pilotos percorreram, nenuma delas tinha menos do que... 19 quilómetros, sendo a maior de todas a de Aguia de Oro, com quase 52 quilómetros de extensão e do qual fizeram duas passagens. E apesar de toda esta extensão e dureza, no final do primeiro dia, a diferença entre o primeiro e segundo classificados é de... 0,1 segundos, com Sebastien Löeb a levar a melhor sobre Mikko Hirvonen.
Mas o dia começou com Peter Solberg a ser melhor do que Sebastian Löeb na primeira classificativa, mas depois o francês fez dois piões na Aguia de Oro, perdendo 26,5 segundos para o piloto norueguês, que assim consolidava o comando da corrida. Solberg parecia alargar a sua vantagem, até que na quarta classificativa, quebra o braço da suspensão, perdendo imenso tempo e por consequência, o comando do rali. Para piorar as coisas, isto aconteceu numa altura em que Löeb estava a recuperar tempo, vencendo as duas especiais da segunda secção e conseguindo passar Dani Sordo primeiro e, depois, trocar com Hirvonen, que tinha herdado o comando de Solberg.
Pior do que Solberg ficaram o estónio Ott Tanak e o russo Evgueny Novikov, ambos a danificarem a roda traseira direita e a perderem muito tempo. Tanak teve de trocar a suspensão traseira do seu carro para poder prosseguir, embora muito abaixo da classificação geral. Contudo, os danos no carro do piloto russo, segundo em Portugal, foram demasiado grandes e não prosseguirá no rali. Outra das casualidades do dia foi Thierry Neuville, que capotou na quinta especial, quando seguia na quarta posição.
Contudo, os dois pilotos da Citroen estavam muito juntos, e no final do dia, a diferença era a mais mínima possivel: 0,1 segundos, com o francês a levar a melhor."O início da especial não foi muito bom, mas o final foi bom, pelo que vamos ver o que vai acontecer", referiu Hirvonen no final, ao passo que Löeb confessou ter tido algumas dificuldades de visibilidade, que condicionaram o seu ritmo.
Atrás dos Citroen está o Ford de Dani Sordo, que substitui o lesionado Jari-Matti Latvala. O piloto espanhol anda calmamente na terceira posição, e não está muito longe deles, pois encontra-se a 13,1 segundos, e provavelmente terá uma palavra a dizer nos dois dias seguintes. Mads Ostberg, o norueguês vencedor do Rali de Portugal, é o quarto, a quase um minuto dos da frente. O qatari Nasser Al Attyah é quinto, apesar de estar limitado fisicamente devido a dores no pescoço, a mais de cinco minutos do primeiro. Martin Prokop é o sexto, não muito longe de Al Attyah, e com os Skoda de Sebastien Ogier e Anders Mikkelsen logo atrás.
Quanto a Armindo Araujo, decidiu como sempre, andar num andamento cauteloso, no sentido de levar o seu carro até ao final, e recolher pontos. A meio do dia, esse andamento tinha resultado no nono lugar da geral, não muito longe dos Skoda de Sebastien Ogier e Anders Mikkelsen: "Tentei não perder muito tempo e não cometer erros. Há muitas pedras na estrada e estou a ser mais cauteloso. Estou satisfeito com o carro”, referiu Araújo no final da quarta classificativa à World Rally Radio.
Na parte da tarde, o piloto de Santo Tirso continuou com a sua abordagem cautelosa, embora tenha tido alguns problemas em relação ao turbo, que limitou a potência do seu carro e o impediu de alcançar os Skoda S2000. "Da parte da manhã tudo correu bem mas, infelizmente, na ligação para a quarta especial, partiu-se a válvula solenóide do turbo e as coisas ficaram mais difíceis. Com cerca de noventa quilómetros pela frente antes da assistência sabíamos que perderíamos muito tempo para os nossos adversários directos mas não havia nada a fazer.", começou por afirmar no seu site oficial.
"Apesar do amargo de boca que sentimos por percebermos que poderíamos estar melhor posicionados, estamos actualmente na nona posição e há ainda muito rali pela frente e muita coisa pode acontecer. O nosso objectivo é pontuar e vamos continuar a lutar por isso”, concluiu.
Este sábado continua o rali da Argentina, num dia que obrigará os concorrentes do WRC a disputar 166,54 km, em sete especiais cronometradas de classificação.
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