quarta-feira, 27 de março de 2013

Briatore e os galões que a Red Bull puxou

O caso Malásia (ou RedBullGate) continua a fazer correr tinta, três dias depois do sucedido. E se à maré de criticas sobre a atitude de Vettel continua a agitar o meio, parece que a Red Bull - que se fecha em copas sobre este caso, querendo resolvê-lo dentro das suas quatro paredes, parece que reagiu perante as declarações de uma pessoa: Flávio Briatore.

O ex-dirigente da Benetton e da Renault comentou o sucedido de modo duro: “Agora sabe-se quem realmente manda na Red Bull, é Vettel.", começou por dizer aos microfones da Radio RAI. "Já existiram problemas no passado. A relação entre eles era apenas formal e agora simplesmente não existe relação. (...) O carro da Red Bull é muito competitivo, portanto nenhum deles quer sair, mas Sepang foi a prova de que não há ninguém a mandar na equipa. Na Red Bull quem manda é Vettel, e não pode haver um piloto que também é Team Manager", ironizou Briatore.

Há uma razão do qual Flávio Briatore tenha mandado tais "bocas": ele é o manager de Mark Webber, desde há muito tempo, e no ano passado, falava-se amiúde que o australiano poderia ser piloto da Ferrari em 2013, no lugar de Felipe Massa, e ao lado de Fernando Alonso, já que se considerava que ele era o segundo piloto ideal. Mas isso tudo aconteceu antes de Webber renovar pela Red Bull até ao final desta temporada. 

Às criticas, a Red Bull respondeu ontem com um comunicado enviado para a BBC, mostrando os seus galões a Briatore: "Mark e Seb são companheiros desde 2009 e em conjunto conseguiram 35 vitórias, 80 pódios, 13 dobradinhas e seis títulos mundiais de Fórmula 1. Este período de sucesso incluiu alguns momentos de intensa rivalidade em pista, que começou na Turquia em 2010 e no qual ambos já ignoraram ordens de equipa em diferentes alturas. A equipa geriu cada um desses momentos à porta fechada e à sua maneira", começou por explicar.

"É pura especulação dizer que Mark não estará com a equipa em 2014. O seu contrato foi sempre renovado anualmente, tanto por opção própria como da equipa, e Mark é um excelente piloto e um desportista competitivo", continuou.

"Quanto à ida do diretor de equipa ao pódio na primeira vitória do ano, esta é completamente opcional. Christian (Horner) nem sempre foi ao pódio na primeira vitória em cada ano e a Lotus também não enviou o seu Team Principal ao pódio na Austrália - isto é irrelevante. Um diretor fraco não teria guiado a equipa a três títulos mundiais consecutivos ao mesmo tempo que dirigia o extenso trabalho coletivo que é necessário para este feito - gerindo ainda dois pilotos talentosos. Este feito apenas foi conseguido por quatro equipas em toda a história do desporto", recorda, em jeito de conclusão, o comunicado da equipa com sede em Milton Keynes.

1 comentário:

Humberto Corradi disse...

Paulo

Acho que o Flavio Briatore começa a executar um plano para a sobrevivência de Webber na categoria.

As declarações do pai do piloto australiano também parecem planejadas.

Webber perdeu o bonde da Ferrari e não enxerga outro lugar no grid a não ser continuar na Red Bull.

O lugar é valioso demais.

Com certeza os empresários mais astutos estão de olho.

Acho que próximo GP será esclarecedor.

Os ânimos nos darão mais pistas dessa história.

Valeu