A apresentação da Ferrari nesta sexta-feira revelou um pormenor inesperado: o simbolo da Alfa Romeo nos flancos do SF15-T. E com essa imagem presente, recordo aqui as ligações entre as marcas de Maranello e Varese ao longo do século passado. E lembrei como a história de uma marca não passa sem o outro.
Pouco depois da I Guerra Mundial, a Alfa Romeo decidiu, como todas as marcas italianas de então (Fiat e Lancia), apostar no automobilismo. E entre os seus pilotos apareceu um jovem de Modena de seu nome Enzo Ferrari, onde entre outras corridas, venceu a Coppa Acerbo, em Pescara, em 1924. Cinco anos mais tarde, Ferrari construiu a sua Scuderia, como uma entidade autónoma, onde geria os Alfa Romeo de corrida.
Contudo, em 1938, Ferrari e a marca de Varese começaram a distanciar-se devido às politicas de competição da marca, apesar de terem pilotos de calibre como Tazio Nuvolari ou Luigi Fagioli. Nessa altura, a marca pediu à Ferrari para que não construísse carros sob o seu nome durante cinco anos. Sorte das sortes, coincidiu com o período da II Guerra Mundial.
Com o final do conflito, Ferrari começou a construir carros com o seu nome, e tornou-se no maior rival da Alfa Romeo, que tinha o Tipo 159, o melhor carro desses tempos, e a equipa dominou o campeonato de Formula 1 no seu primeiro cano, com Giuseppe "Nino" Farina e o argentino Juan Manuel Fangio, enquanto que Ferrari tinha Alberto Ascari e o "seu" argentino, Froilan Gonzalez.
A luta foi dura ao longo de 1950 e 1951, com a equipa de Maranello a aproximar-se da de Varese. Até a um dia de julho, em Silverstone, onde Gonzalez conseguiu vencê-los e dar a Enzo Ferrari a sua primeira vitória. O Commendatore afirmou depois que "parecia que tinha matado a minha mãe". Mesmo assim, no final daquele ano, a Alfa Romeo venceu o campeonato, graças a Fangio, para depois abandonar a Formula 1 até 1979.
A Alfa Romeo durante muitos anos pertenceu à IRI, o Instituto de Reconstrução Industrial. Prosperou nos anos 60 e 70, mas depois, projetos falhados como a AlfaSud, as várias greves e agitações laborais, a perda de qualidade dos seus carros e no desporto, o regresso à Formula 1 foi um rotundo fracasso, graças aos motores feitos por Carlo Chiti... um antigo engenheiro da Scuderia. Em 1986, a IRI decide colocar a marca à venda e é o Grupo Fiat que a compra, e em breve, junta todas as marcas italianas debaixo do mesmo guarda-chuva: Alfa Romeo, Maserati, Ferrari, Lancia. E claro, a Ferrari.
Portanto, se algum dia quiserem saber porque é que a Alfa Romeo não voltará à Formula 1, eis uma boa razão. O Grupo Fiat não quer colocar duas marcas do mesmo grupo à briga uns com os outros. Seria suicida. Seria melhor ter as duas marcas juntas, mesmo que em tempos idos, foram as maiores rivais que o automobilismo conheceu.
Pouco depois da I Guerra Mundial, a Alfa Romeo decidiu, como todas as marcas italianas de então (Fiat e Lancia), apostar no automobilismo. E entre os seus pilotos apareceu um jovem de Modena de seu nome Enzo Ferrari, onde entre outras corridas, venceu a Coppa Acerbo, em Pescara, em 1924. Cinco anos mais tarde, Ferrari construiu a sua Scuderia, como uma entidade autónoma, onde geria os Alfa Romeo de corrida.
Contudo, em 1938, Ferrari e a marca de Varese começaram a distanciar-se devido às politicas de competição da marca, apesar de terem pilotos de calibre como Tazio Nuvolari ou Luigi Fagioli. Nessa altura, a marca pediu à Ferrari para que não construísse carros sob o seu nome durante cinco anos. Sorte das sortes, coincidiu com o período da II Guerra Mundial.
Com o final do conflito, Ferrari começou a construir carros com o seu nome, e tornou-se no maior rival da Alfa Romeo, que tinha o Tipo 159, o melhor carro desses tempos, e a equipa dominou o campeonato de Formula 1 no seu primeiro cano, com Giuseppe "Nino" Farina e o argentino Juan Manuel Fangio, enquanto que Ferrari tinha Alberto Ascari e o "seu" argentino, Froilan Gonzalez.
A luta foi dura ao longo de 1950 e 1951, com a equipa de Maranello a aproximar-se da de Varese. Até a um dia de julho, em Silverstone, onde Gonzalez conseguiu vencê-los e dar a Enzo Ferrari a sua primeira vitória. O Commendatore afirmou depois que "parecia que tinha matado a minha mãe". Mesmo assim, no final daquele ano, a Alfa Romeo venceu o campeonato, graças a Fangio, para depois abandonar a Formula 1 até 1979.
A Alfa Romeo durante muitos anos pertenceu à IRI, o Instituto de Reconstrução Industrial. Prosperou nos anos 60 e 70, mas depois, projetos falhados como a AlfaSud, as várias greves e agitações laborais, a perda de qualidade dos seus carros e no desporto, o regresso à Formula 1 foi um rotundo fracasso, graças aos motores feitos por Carlo Chiti... um antigo engenheiro da Scuderia. Em 1986, a IRI decide colocar a marca à venda e é o Grupo Fiat que a compra, e em breve, junta todas as marcas italianas debaixo do mesmo guarda-chuva: Alfa Romeo, Maserati, Ferrari, Lancia. E claro, a Ferrari.
Portanto, se algum dia quiserem saber porque é que a Alfa Romeo não voltará à Formula 1, eis uma boa razão. O Grupo Fiat não quer colocar duas marcas do mesmo grupo à briga uns com os outros. Seria suicida. Seria melhor ter as duas marcas juntas, mesmo que em tempos idos, foram as maiores rivais que o automobilismo conheceu.
1 comentário:
Já não há qualquer referencia à Fiat no novo carro.
Entre este ano e no próximo o spinoff da Fiat-Ferrari deverá estar concluido. A FCA precisa de dinheiro e nada melhor do que vender a Ferrari.
http://www.wsj.com/articles/fiat-offers-more-details-on-ferrari-listing-1415902572
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