domingo, 15 de março de 2015

A foto do dia

Dezassete anos e 160 dias. O que estaria a fazer com os meus 17 anos e 160 dias? Muito provavelmente estaria em janeiro de 1994, a acabar o Liceu e a pensar que curso seguir na unversidade, ao mesmo tempo que tentava juntar as minhas economias para tirar a carta de condução. E se soubesse que se poderia ir às aulas de código com os meus 17 anos, teria ido sem hesitar!

Essa é a data que têm exatamente Max Verstappen. Neste domingo, ele torou-se no piloto mais jovem de sempre a entrar dentro de um Formula 1, e vai ser um recorde que será seu para sempre: a FIA mudou as regras para adquirir a Super-Licença e a idade minima é aquela do qual tiramos a carta de condução: 18 anos de idade. Para além de, claro, os tais resultados desportivos que a FIA quer impor...

Mas se temos dúvidas sobre se Verstappen e Carlos Sainz Jr. são capazes de domar 850 cavalos de potência, neste domingo eles mostraram que sim. Durante a corrida, ambos andaram em posições decentes, com o espanhol a ser quinto antes de uma paragem desastrada o ter atirado para o último lugar, recuperando depois para a nona posição, atrás do Sauber de Marcus Ericsson. E Max andou também numa respeitavel posição nos pontos antes de um problema no seu motor o fazer parar na pista na volta 32.

Talvez o filho de "Jos the Boss" ainda seja virgem, mas guia como gente grande. E fico espantado como é que um rapaz, que ate meados de 2013 ainda guiava em karts, esteja agora ao volante de uma máquina destas. E também é prova de que na Red Bull, ninguém dorme quando descobrem jovens com potencial para serem campeões do mundo. 

E todos os que passaram por lá, noutras categorias, mostram que são muito bons no que fazem. Basta ver na Formula E, por exemplo, o que fazem pilotos como Jean-Eric Vergne, António Félix da Costa, Sebastien Buemi e Jaime Alguersuari. Em cinco provas, são responsáveis por duas das vitórias, três das pole-postions, uma das voltas mais rápidas e três dos 15 podíos distribuidos até agora. É uma parte significativa, o que demonstra o olho de lince que têm os observadores da Red Bull.

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