sexta-feira, 12 de junho de 2015

WRC 2015 - Sardenha (Dia 2)

Se achavam que o dia de ontem era uma autêntica caixinha de surpresas, no dia de hoje estes continuaram a acontecer, com algumas desistências de relevo e uma liderança inédita de Haydon Paddon, que a bordo do seu Hyundai, consegue ser mais veloz do que os Volkswagen e os Citroen, numa altura em que Robert KubicaKris Meeke e Anders Mikkelsen já abandonaram o rali, vitimas de problemas mecânicos (Mikkelsen) e de despistes (Meeke e Kubica)

A sexta-feira começou com Paddon a aproveitar a situação de ser o 11º na estrada para ter os caminhos mais limpos do que a concorrência (Sebastien Ogier abria hoje a estrada, para não variar), e tornou-se no novo lider do rali, depois de Martin Prokop, no final do dia anterior. Ao fim de duas especiais, tinha aberto uma liderança de 11 segundos sobre Jari-Matti Latvala Anders Mikkelsen era o terceiro, 1,7 segundos atrás do piloto finlandês. Por essa altura, já Meeke tinha abandonado quando tocou numa pedra e arrancou uma roda do seu Citroen.

Na terceira especial, novo abandono no rali quando Robert Kubica foi vitima de despiste, que danificou o seu Ford Fiesta, na mesma altura em que o piloto neozelandês mantinha a liderança, aumentando-a até para 19,8 segundos sobre Latvala, pois tinha sido o vencedor dessa especial. No final da manhã, apesar de Sebastien Ogier começar a aumentar o seu ritmo e a adaptar-se melhor às condições da estrada, Paddon continuava a liderar, agora com 23 segundos sobre Latvala e 25,1 sobre Ogier, o terceiro. E isso parecia não afetar o jovem neozelandês:

“[Questionado sobre a pressão] Não, estou a fazer o mesmo que já fazia. Acho que fiz uma boa escolha de pneus – seis duros -. Ok, não foi a melhor para este (último) troço mas será o melhor para o resto da ronda”, comentou.

A parte da tarde começava sem Anders Mikkelsen, que tinha desistido devido a problemas mecânicos, e os três primeiros mantinham o mesmo ritmo, mas na parte final, Ogier conseguiu ser mais veloz do que Latvala e conseguiu subir ao segundo posto, depois de ter sido o mais veloz na nona especial e beneficiado do furo que o finlandês sofreu. Para o finlandês tudo aconteceu depois “de passar numa chicane a meio do troço por um erro meu. Saí largo e a roda bateu num muro”.

Atrás dos três primeiros estavam agora o segundo Hyundai de Dani Sordo, que tinha uma desvantagem de 49 segundos no final da nona especial, mas a ser assediado pelo Ford do estónio Ott Tanak, que estava a 52 segundos do lider. Thierry Neuville era o sexto, mas a um minuto e 46 segundos da liderança, com o Citroen de Mads Ostberg, logo atrás, no sétimo posto.

Porém, na última especial do dia, Sordo têm problemas - arrancou uma roda - e acabou o dia no sétimo lugar da geral, ao mesmo tempo que Thierry Neuville teve um problema com um tubo do seu Turbo e perdeu o quinto posto para Mads Ostberg. Quem beneficiou de tudo isto foi Ott Tanak, que subiu não só ao quarto posto, como ganhou um avanço de quase um minuto para o norueguês da Citroen.

A fechar o "top ten" ficaram os Ford do checo Martin Prokop, do italiano Lorenzo Bertelli e de Elfyn Evans.

Quanto a Bernardo Sousa, o seu desempenho foi modesto ao longo do rali, até à desistência na  especial, devido a problemas elétricos.

"Hoje, mal arrancámos percebemos logo que havia um problema pois o motor tinha cortes e durante os quatro primeiros troços da manhã simplesmente ‘arrastámo-nos’ até à assistência pois não podiámos fazer grande coisa. Na Assistência mudámos várias coisas, mas o problema subsistiu e antes de chegarmos ao primeiro troço da tarde regressámos ao Parque porque arriscavámos uma saída de estrada numa curva qualquer quando precisássemos de potência e não a tivessemos”. Amanhã, eles voltarão à estrada em modo "Rally2".

Amanhã terá lugar a terceira etapa do Rali da Sardenha, a mais longa (com nove especiais), no total de 212,83 quilómetros, todos disputados ao cronómetro.

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