Duas semanas depois de Nurburgring, máquinas e pilotos davam um pulo a paragens americanas, para a primeira de duas corridas no continente americano, começando pelo GP do Canadá, no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal.
A grande novidade em termos de pilotos vinha da Red Bull, que tinha substituído Vitantonio Liuzzi pelo austríaco Christian Klien para o resto da temporada, como companheiro de equipa de David Coulthard.
A qualificação deu um resultado surpreendente: Jenson Button acabou por ser o melhor no seu BAR-Honda (na foto, a comemorar com o seu pai John), com 258 centésimos de vantagem sobre o Ferrari de Michael Schumacher, enquanto que na segunda fila estavam os Renault de Fernando Alonso e de Giancarlo Fisichella, enquanto que na terceira estavam o McLaren de Juan Pablo Montoya e o segundo BAR de Takuma Sato. Na quarta fila estava o segundo McLaren de Kimi Raikkonen e o Sauber do piloto da casa, Jacques Villeneuve, e a fechar o "top ten" estavam os Toyotas de Jarno Trulli e de Ralf Schumacher.
Rubens Barrichello não conseguiu marcar qualquer tempo e iria largar do último lugar da grelha. Por causa disso, decidiu optar por lar das boxes, onde assim poderia ter mais combustível no depósito e fazer passagens mais longas pela pista.
O fim de semana da corrida em Montreal também tinha sido marcado por problemas no asfalto, que teve de ser reparado durante a noite pelos comissários de pista com cimento de secagem rápida. Graças aos esforços da organização, o asfalto estava num estado satisfatório e a corrida podia ser realizada.
No momento da partida, Button e Schumacher largaram mal e isso foi aproveitado pelos Renualt para ficar com as duas primeiras posições, com o italiano no primeiro lugar. O alemão da Ferrari partiu tão mal que no final da primeira volta era quinto, atrás dos McLaren de Montoya e Raikkonen. Atrás, Barrichello livrava-se dos mais lentos e subia na classificação.
O primeiro a parar era Schumacher, na volta 12, seguido por Button e Ralf na volta 15, deixando os Renault a liderar, seguido dos McLaren. Eles só pararam na volta 24, altura em que Sato abandonou com problemas na sua caixa de velocidades. O colombiano voltava à pista na segunda posição, mas um erro faz com que custasse o segundo posto para Alonso. Barrichello acabaria por parar apenas na volta 31, quando já era oitavo.
Por essa altura, Alonso aproximava-se de Fisichella e na volta 33, passou-o, ficando com o comando da corrida. Mas isso seria sol de pouca dura, pois na volta 39, despistou-se e bateu no muro, acabando por abandonar. Montoya era agora o líder, com Raikkonen em segundo.
As coisas andavam normalmente até que na volta 49 Button - que estava a ser pressionado por Schumacher - perde o controlo do seu carro e bateu no "Muro dos Campeões", forçando a saída do Safety Car. Nessa altura, todos pararam nas boxes, excepto Montoya, que não poderia fazer porque Raikkonen foi mais veloz do que ele. Quando o fez, quis sair o mais rapidamente possivel e ignorou uma luz vermelha que estava acesa na saída das boxes, por causa da presença do Safety Car. Apesar de ter voltado à pista no segundo lugar, os comissários assinalaram a infração e decidiram mostrar a bandeira preta, simbolo de desclassificação.
Com o colombiano fora, Raikkonen era agora o líder, com Schumacher a aproximar-se e Webber no terceiro posto. Mas o australiano cometeu um erro na curva 1 e os brasileiros Felipe Massa e Rubens Barrichello aproveitaram, com o piloto da Ferrari a ficar com o quarto posto. Na volta 62, Trulli teve problemas de travões e acabou por abandonar.
No final, Raikkonen - que na parte final lutava contra um volante deslinhado - aguentou Schumacher e venceu pela terceira vez na temporada. Rubens Barrichello subiu ao lugar mais baixo do pódio, conseguindo uma excelente recuperação, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Sauber de Felipe Massa, o Williams de Mark Webber, o Toyota de Ralf Schumacher, e os Red Bull de David Coulthard e Christian Klien.
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