Foi um dos pilotos mais versáteis da história do automobilismo. A sua carreira foi longa e passou por tudo que tinha quatro rodas e um volante, e tornou-se em algo único, pois não é todos os dias que se pode dizer que têm no palmarés um título europeu de ralis, vitórias nas 24 Horas de Daytona e nas 12 Horas de Sebring, para além de participações nas 24 Horas de Le Mans e treze Grandes Prémios de Formula 1. Chamado de "Quick Vic", vive hoje a reforma na Florida. No dia do seu 80º aniversário natalício, falo hoje de Vic Elford.
Nascido a 10 de junho de 1935 em Londres, Victor Henry Elford começou no automobilismo no inicio da sua vida adulta, sendo navegador de David Sellig-Morris num Triumph T3A. As suas performances como condutor só foram colocados à prova em 1961, quando adquiriu um Mini de corrida, com sucesso limitado. Contudo, no ano seguinte, entrou num DKW Junior, onde começou a ser visto como um potencial vencedor. Nos dois anos seguintes, apesar de boas performances com Triumphs, os resultados foram algo desapontantes por causa da pouca fiabilidade dos seus carros. Somente quando se transferiu para a Ford, que tinha o modelo Cortina para divulgar, é que se tornou bem sucedido.
Em 1967, Elford decidiu tentar a sua sorte no Europeu de ralis, a bordo de um Porsche 911. O sucesso foi tal que acabou por ser campeão europeu, e pelo meio, estreava-se nas pistas, nomeadamente nas 24 Horas de Le Mans, ao volante de um Porsche 906 Carrera, ao lado do holandês Ben Pon. O seu resultado foi prometedor, com um sétimo lugar final.
No ano seguinte, começou a temporada a vencer o rali de Monte Carlo, de novo num 911. Por essa altura, já estava a aventurar-se nas pistas, e apenas uma semana após essa vitória nas neves francesas, estava no outro lado do Atlântico, mais concretamente em Daytona, onde corria pela Porsche nas 24 Horas, com um modelo 907. Acabaria por ganhar ao lado de mais quatro pilotos, entre eles o suiço Jo Siffert e os alemães Hans Hermann, Rolf Stommelen e Jochen Neerpasch.
No ano seguinte, começou a temporada a vencer o rali de Monte Carlo, de novo num 911. Por essa altura, já estava a aventurar-se nas pistas, e apenas uma semana após essa vitória nas neves francesas, estava no outro lado do Atlântico, mais concretamente em Daytona, onde corria pela Porsche nas 24 Horas, com um modelo 907. Acabaria por ganhar ao lado de mais quatro pilotos, entre eles o suiço Jo Siffert e os alemães Hans Hermann, Rolf Stommelen e Jochen Neerpasch.
A meio do ano, Elford participava no Targa Florio ao lado do piloto local Umberto Magioli, e ambos corriam de novo num modelo 907. A corrida não começou bem para ambos, pois perderam 18 minutos devido a um furo. Quando "Quick Vic" pegou no carro, guiou que nem um possesso, ainda por cima debaixo de chuva, para acabar por vencer a clássica italiana.
Poucas semanas depois, Elford iria estrear-se numa nova categoria: a Formula 1. Ao volante de um Cooper oficial, a sua estreia foi no GP de França. em Reims, debaixo de chuva e marcada pelo acidente mortal de Jo Schlesser. Apesar dessas dificuldades, a estreia de Elford foi digna desse nome, terminando num honroso quarto posto. Acabaria por conseguir mais dois pontos no GP do Canadá, terminando o ano com cinco pontos e o 18º lugar no campeonato. Elford seria o piloto que guiaria pela marca na sua última corrida na Formula 1, o GP do México, onde terminou no oitavo lugar.
Pelo meio, voltou a participar nas 24 Horas de Le Mans e também participou - acabando como vencedor - nos 1000 km de Nurburgring, ao lado de Jo Siffert.
Pelo meio, voltou a participar nas 24 Horas de Le Mans e também participou - acabando como vencedor - nos 1000 km de Nurburgring, ao lado de Jo Siffert.
Em 1969, continuou na Porsche, pela Endurance, assim como participou em cinco corridas pela Automobile Antiques Team, guiando um McLaren M7B. Contudo, um acidente no Nordschleife terminou prematuramente a sua carreira na Formula 1, depois de ter sido quinto classificado em França e sexto em Silverstone. No Mónaco, foi sétimo, e apesar de não dar pontos na altura, entrou na história como o único a concluir quer o Rali de Monte Carlo, quer o GP do Mónaco. Nesse ano, também participou nas 24 Horas de Le Mans, ao lado de Richard Attwood, num 917L, não tendo chegado ao fim.
Nos anos seguintes, continuou a correr na Endurance, sempre ao serviço da Porsche. Correndo num dos 917K oficiais, acabaria por vencer os 1000 km de Nurburgring em 1970 e 1971, e as 12 Horas de Sebring, também em 1971,. Nesse ano tornou-se num dos pilotos mais velozes a bordo de um 917, ao fazer 380 km/hora na reta das Hunaudriéres. Ainda em 1971, fez uma última incursão pela Formula 1, guiando um BRM no GP da Alemanha, acabando na 11ª posição.
No ano seguinte, Elford estava a correr na equipa oficial da Alfa Romeo, ao lado de Helmut Marko. E nas 24 Horas de Le Mans, foi protagonista de um episódio de altruismo: ao ver o carro em chamas de Florian Vetsch, parou o seu carro para tentar salvá-lo, somente para ver o carro vazio. Vetsch já tinha saído, enquanto mais adiante estava os restos de outro carro, o Lola de Jo Bonnier, que tinha sofrido ferimentos fatais. Por causa desse gesto, captado pelas câmaras de televisão, foi condecorado com a Ordem Nacional de Mérito pelo presidente francês Georges Pompidou, que também era um notório "petrolhead".
Em 1973, Elford alcançou o seu melhor reultado de sempre em Le Mans, quando foi sexto classificado num Ferrari 365 GTB, ao lado do francês Claude Ballot-Lena. Só voltaria a Le Mans em 1983, quando correu com um dos Rondeau oficiais.
A sua carreira só terminaria para além dos 50 anos, radicando-se nos Estados Unidos, onde é participante frequente em provas de clássicos e escreveu dois livros sobre automobilismo, um deles de memórias, escritas em 2005: "Reflexões de uma Era Dourada do Automobilismo".
A sua carreira só terminaria para além dos 50 anos, radicando-se nos Estados Unidos, onde é participante frequente em provas de clássicos e escreveu dois livros sobre automobilismo, um deles de memórias, escritas em 2005: "Reflexões de uma Era Dourada do Automobilismo".
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