Confesso que hesitei um bocado para escrever sobre este fim de semana de Formula 1, dada a minha hostilidade com este pequeno emirado do Golfo Pérsico e com os seus esqueletos no armário. Contudo, dado o clima de crescente mal estar no seio da Formula 1, e como tenho algum gosto em ver o fogo a arder nesta tenda de circo (que é para que aprendam alguma coisa), creio que aos poucos, pareço que deixei os escrúpulos para trás, qual Frank Underwood automobilístico.
O fim de semana barenita andava já inquinado desde a farsa de Melbourne, com a qualificação, e com as equipas a decidiram que o melhor seria deitar fora o novo sistema e voltar ao antigo. Mas passado alguns dias, eles vieram que as coisas não seriam assim tão fáceis, e teriam de aturar o novo sistema, por muitas razões, uma delas porque Bernie Ecclestone quer armar confusão para castigar as equipas (uma das suas propostas era de colocar lastro nos carros para impedirem de ser mais velozes...) e voltar a mostrar que manda ali, apesar de caminhar para a sua 86ª volta de uma corrida que já deveria ter terminado...
Depois de na véspera, a Mercedes ter assustado toda a gente, fazendo tempos dois segundos superiores à concorrência, quase fazendo lembrar eras passadas, este sábado, o terceiro treino livre acabou com os Ferrari na frente da tabela de tempos, quase a mostrar que afinal, poderá haver mais luta do que se esperava.
A qualificação aconteceu com o cair da noite, e o primeiro a eliminar não foi um Manor ou um Haas, mas sim o Sauber de Felipe Nasr, pois Kevin Magnusen irá amanhã largar das boxes, após mais uma penalização. Um inicio difícil para os Renault, sem dúvida... e claro, também para a Sauber. E os Manor mostraram a sua evolução, apesar do penúltimo posto de Rio Haryanto. É que Pascal Wehrlein conseguiu o 16º tempo, na frente do outro Sauber, de Marcus Ericsson. E os Haas? Bem longe na dança das cadeiras. Romain Grosjean chegou a fazer o oitavo melhor tempo, dois lugares à frente de Esteban Gutierrez. Já dissemos que esta é a segunda corrida da história da Haas?
Ao menos no final da Q1, era este o cenário. E para os americanos, logo na sua segunda corrida, já tinham ambos os carros na Q2. E também lá estava Stoffel Vandoorne, embora andasse a par com Jenson Button. Pelo menos, estaria a mostrar serviço.
Na Q2, Daniil Kvyat e Jenson Button são os primeiros a sair fora, seguidos pelo Haas de Esteban Gutierrez, e todos eles estavam atrás de Stoffel Vandoorne, que também decidiu terminar mais cedo, ficando com o 12º tempo. Nico Hulkenberg conseguiu entrar na Q3, deixando de fora Romain Grosjean. Com o passar dos minutos, mostrava-se que este tipo de qualificação tinha mais defeitos do que qualidades, deixando a nu que isto tem mais tempos mortos do que se esperava.
Chegados ao Q3, os oito que lá chegaram lá tentaram a sua sorte, mas na realidade, só Williams, Ferrari e Mercedes é que se mexeram. Raikkonen primeiro, e Vettel depois, marcaram tempos, conseguindo deixar Lewis Hamilton atrás deles, mas Nico Rosberg faz 1.29,897 e os superava. Atrás, Ricciardo conseguia superar os Williams de Massa e Bottas e ficava com o quinto tempo.
E tudo isto acontecia quando faltavam oito minutos para o final do treino. Surgiram foretes receios de que o treino acabaria ali, o que daria mais farsa a este sistema de qualificação, mas não: os pilotos voltaram para marcar mais um tempo, especialmente as duas equipas em jogo: Ferrari e Mercedes. Lewis Hamilton esforçou-se e numa volta sem erros, superou Rosberg com 1.29,493 (novo recorde da pista. Nada mau para um V6 turbo!) e Vettel, quando faltavam dois minutos para o final da qualificação. Tudo decidido, tal como na Austrália: cedo demais. E claro, o britânico tinha conseguido a 51ª pole-position da sua carreira.
Assim sendo, a Formula 1 deu mais uma vez um espectáculo que atraiu mais o sarcasmo dos fãs. Um deles, espanhol, chegou a dizer no Twitter que a cada 90 segundos, não só havia um piloto eliminado como desapareciam mais algumas centenas de fãs... amanhã, em horário noturno, a possibilidade desta ser uma corrida bem aborrecida poderá ser bem real. E a ideia de mexer nas regras para combater a concorrência parece sair cada vez mais um tiro pela culatra...
A qualificação aconteceu com o cair da noite, e o primeiro a eliminar não foi um Manor ou um Haas, mas sim o Sauber de Felipe Nasr, pois Kevin Magnusen irá amanhã largar das boxes, após mais uma penalização. Um inicio difícil para os Renault, sem dúvida... e claro, também para a Sauber. E os Manor mostraram a sua evolução, apesar do penúltimo posto de Rio Haryanto. É que Pascal Wehrlein conseguiu o 16º tempo, na frente do outro Sauber, de Marcus Ericsson. E os Haas? Bem longe na dança das cadeiras. Romain Grosjean chegou a fazer o oitavo melhor tempo, dois lugares à frente de Esteban Gutierrez. Já dissemos que esta é a segunda corrida da história da Haas?
Ao menos no final da Q1, era este o cenário. E para os americanos, logo na sua segunda corrida, já tinham ambos os carros na Q2. E também lá estava Stoffel Vandoorne, embora andasse a par com Jenson Button. Pelo menos, estaria a mostrar serviço.
Na Q2, Daniil Kvyat e Jenson Button são os primeiros a sair fora, seguidos pelo Haas de Esteban Gutierrez, e todos eles estavam atrás de Stoffel Vandoorne, que também decidiu terminar mais cedo, ficando com o 12º tempo. Nico Hulkenberg conseguiu entrar na Q3, deixando de fora Romain Grosjean. Com o passar dos minutos, mostrava-se que este tipo de qualificação tinha mais defeitos do que qualidades, deixando a nu que isto tem mais tempos mortos do que se esperava.
Chegados ao Q3, os oito que lá chegaram lá tentaram a sua sorte, mas na realidade, só Williams, Ferrari e Mercedes é que se mexeram. Raikkonen primeiro, e Vettel depois, marcaram tempos, conseguindo deixar Lewis Hamilton atrás deles, mas Nico Rosberg faz 1.29,897 e os superava. Atrás, Ricciardo conseguia superar os Williams de Massa e Bottas e ficava com o quinto tempo.
E tudo isto acontecia quando faltavam oito minutos para o final do treino. Surgiram foretes receios de que o treino acabaria ali, o que daria mais farsa a este sistema de qualificação, mas não: os pilotos voltaram para marcar mais um tempo, especialmente as duas equipas em jogo: Ferrari e Mercedes. Lewis Hamilton esforçou-se e numa volta sem erros, superou Rosberg com 1.29,493 (novo recorde da pista. Nada mau para um V6 turbo!) e Vettel, quando faltavam dois minutos para o final da qualificação. Tudo decidido, tal como na Austrália: cedo demais. E claro, o britânico tinha conseguido a 51ª pole-position da sua carreira.
Assim sendo, a Formula 1 deu mais uma vez um espectáculo que atraiu mais o sarcasmo dos fãs. Um deles, espanhol, chegou a dizer no Twitter que a cada 90 segundos, não só havia um piloto eliminado como desapareciam mais algumas centenas de fãs... amanhã, em horário noturno, a possibilidade desta ser uma corrida bem aborrecida poderá ser bem real. E a ideia de mexer nas regras para combater a concorrência parece sair cada vez mais um tiro pela culatra...
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