Todos lembramos uma vez por ano os acontecimentos do GP de San Marino de 1994, no circuito de Imola, e hoje lembramos Henri Toivonen, que passam exatamente 30 anos desde o seu acidente fatal na Volta à Córsega. Quem conhece um pouco mais de automobilismo, sabe também que no dia 8 lembramos de Gilles Villeneuve, morto durante a qualificação do GP da Bélgica de 1982, após uma colisão com o March de Jochen Mass.
Assim sendo, parece que para os supersticiosos, este mês de maio nem se deveria sair de casa, pois parece ser um dos mais fatídicos do automobilismo. Isso acaba por acontecer devido à concentração de corridas. Aliás, normalmente é o mês em que temos o GP do Mónaco e culmina quase com as 500 Milhas de Indianápolis, no último domingo do mês. Assim sendo, para além de Senna, Villeneuve e Toivonen, houve outras mortes conhecidas no automobilismo que aconteceram neste mês de maio. Assim sendo, vou recordar cinco nomes que morreram neste mês. O critério é meramente o dia do calendário.
O GP do Mónaco era a segunda corrida da temporada de 1967, cinco meses depois da corrida inaugural, na África do Sul. A Ferrari não esteve lá presente, mas apareceu na segunda ronda do campeonato, o GP do Mónaco, com o italiano Lorenzo Bandini e o neozelandês Chris Amon. A corrida monegasca sempre foi exigente para pilotos e máquinas, mas em 1967, essa exigencia era ainda maior, pois os pilotos estavam a dar... cem voltas ao circuito, numa corrida que ia para acima das duas horas e meia de duração.
Bandini seguia no segundo lugar, atrás do Brabham de Dennis Hulme, quando na volta 82, o piloto desconcentrou-se e embateu contra um dos ferros do molhe do porto, fazendo com que se despistasse. um depósito de combustível se rompeu e causou um enorme incêndio no seu carro, com os fardos de palha a acelerar esse fogo. Bandini foi retirado do carro por alguns populares, e transportado para o hospital de Monte Carlo com 70 por cento do seu corpo queimado. Viria a morrer três dias depois, aos 31 anos de idade.
Bandini seguia no segundo lugar, atrás do Brabham de Dennis Hulme, quando na volta 82, o piloto desconcentrou-se e embateu contra um dos ferros do molhe do porto, fazendo com que se despistasse. um depósito de combustível se rompeu e causou um enorme incêndio no seu carro, com os fardos de palha a acelerar esse fogo. Bandini foi retirado do carro por alguns populares, e transportado para o hospital de Monte Carlo com 70 por cento do seu corpo queimado. Viria a morrer três dias depois, aos 31 anos de idade.
2 - Mike Spence, 1968 (7 de maio)
Entre abril e junho de 1968, os pilotos temiam sempre o dia 7, pois era quando haveria um acidente mortal entre eles. Tinha começado em abril, quando Jim Clark sofreu um acidente fatal numa corrida de Formula 2 em Hockenheim. Colin Chapman precisava de um substituto para ele nas 500 Milhas de Indianápolis e recorreu ao britânico Mike Spence, que tinha corrido na sua equipa em 1964, e que neste momento, estava na BRM.
Spence corria com o modelo 56, que tinha uma turbina como propulsora e era veloz, mas um pouco instável em curva. No final da tarde do dia 7 de abril, exatamente um ano depois do acidente que tinha matado Bandini, Spence tinha feito o segundo melhor tempo nas qualificações das 500 Milhas quando decidiu fazer mais uma tentativa no "Brickyard". Na curva 2, Spence perdeu o controlo do seu carro e embateu forte no muro de proteção, fazendo arrancar uma roda e atingindo-o na cabeça, matando-o de imediato. Spcence tinha 31 anos de idade.
Spence corria com o modelo 56, que tinha uma turbina como propulsora e era veloz, mas um pouco instável em curva. No final da tarde do dia 7 de abril, exatamente um ano depois do acidente que tinha matado Bandini, Spence tinha feito o segundo melhor tempo nas qualificações das 500 Milhas quando decidiu fazer mais uma tentativa no "Brickyard". Na curva 2, Spence perdeu o controlo do seu carro e embateu forte no muro de proteção, fazendo arrancar uma roda e atingindo-o na cabeça, matando-o de imediato. Spcence tinha 31 anos de idade.
Elio de Angelis estava a correr pela Brabham em 1986, depois de ter andando nas últimas seis temporadas ao serviço da Lotus. A equipa estava a desenvolver o revolucionário BT55 "Skate", que tinha abaixado o centro de gravidade de forma radical, mas não tinha motor suficientemente bom para ser eficaz, e passavam por muitas dificuldades.
A 15 de maio, poucos dias depois do GP do Mónaco, a equipa testava o carro em Paul Ricard, no sul de França. Riccardo Patrese era para estar nesses testes, mas De Angelis pediu para que estivesse presente e ajudasse a desenvolver o carro. O dia ia a meio quando ele perdeu o controle do seu carro - aparentemente, devido à quebra da asa traseira - nos velozes S a seguir à meta e o carro ficou de cabeça para baixo e a pegar fogo, como resultado do choque.
Contudo, ele ficara demasiado tempo fechado no cockpit, sem respirar, e quando chegou ao hospital de Marselha, tinha graves danos devido a essa privação de oxigénio. Acabaria por morrer no dia seguinte, aos 28 anos de idade.
Alberto Ascari era um dos melhores pilotos italianos da sua geração. Filho de Antonio Ascari, começou a correr ainda antes da guerra, num Ferrari, e foi com Enzo (amigo e antigo colega de equipa na Alfa Romeo) que fez grande parte da sua carreira na Formula 1, sendo campeão do mundo em 1952 e 1953.
No final de 1954, Ascari decidira ir para a Lancia, ajudando a desenvolver o carro, o D50. No ano seguinte, a Lancia desenhava-se como a grande rival dos Mercedes, já que a Ferrari não tinha desenhado um chassis capaz de os apanhar. O primeiro confronto iria acontecer no Mónaco, a 24 de maio, e parecia que poderia haver uma grande chance de vencer, mas na volta , Ascari perdeu o controlo do seu carro e acabou nas águas do porto. Ele conseguiu sair do carro ileso.
Três dias mais tarde estava em Monza a ver o seu colega Eugenio Castellotti a guiar um Ferrari 650 Sport. Antes da hora do almoço, Ascari pediu a Castelloti para que emprestasse o carro e fazer algumas voltas. Com um capacete emprestado, ele foi para a pista e perdeu o controlo na curva que tem agora o seu nome, tendo morte imediata. Num registo algo macabro, tinha morrido exatamente no mesmo dia do seu pai, quase 30 anos antes. E três dias antes, o Lancia no qual acabou nas águas monegascas tinha pintado o numero... 26.
No final de 1954, Ascari decidira ir para a Lancia, ajudando a desenvolver o carro, o D50. No ano seguinte, a Lancia desenhava-se como a grande rival dos Mercedes, já que a Ferrari não tinha desenhado um chassis capaz de os apanhar. O primeiro confronto iria acontecer no Mónaco, a 24 de maio, e parecia que poderia haver uma grande chance de vencer, mas na volta , Ascari perdeu o controlo do seu carro e acabou nas águas do porto. Ele conseguiu sair do carro ileso.
Três dias mais tarde estava em Monza a ver o seu colega Eugenio Castellotti a guiar um Ferrari 650 Sport. Antes da hora do almoço, Ascari pediu a Castelloti para que emprestasse o carro e fazer algumas voltas. Com um capacete emprestado, ele foi para a pista e perdeu o controlo na curva que tem agora o seu nome, tendo morte imediata. Num registo algo macabro, tinha morrido exatamente no mesmo dia do seu pai, quase 30 anos antes. E três dias antes, o Lancia no qual acabou nas águas monegascas tinha pintado o numero... 26.
Pode parecer estranho que se fale aqui sobre um piloto que apareceu essencialmente nas 500 Milhas de Indianápolis, mas entre 1950 e 1960, as 500 Milhas faziam parte do calendário da Formula 1 e o vencedor recebia os pontos referentes ao vencedor. E nas estatisticas, o americano Bill Vukovich foi o grande vencedor de duas edições seguidas, em 1953 e 1954. E nesse tempo, acumulou mais duas voltas mais rápidas, que davam também pontos para o campeonato.
De origem sérvia, Vukovich começou nos "midgets" antes de chegar à USAC em 1951, sem conseguir se qualificar. No ano seguinte, começou a dominar corridas, tendo falhado a vitória devido à quebra na sua coluna de direção. Mas no ano seguinte, venceu de forma categórica, fazendo a mesma coisa no ano seguinte.
De origem sérvia, Vukovich começou nos "midgets" antes de chegar à USAC em 1951, sem conseguir se qualificar. No ano seguinte, começou a dominar corridas, tendo falhado a vitória devido à quebra na sua coluna de direção. Mas no ano seguinte, venceu de forma categórica, fazendo a mesma coisa no ano seguinte.
Em 1955, uma semana depois do GP do Mónaco, e quando na Europa ainda se fazia o luto por Alberto Ascari - que tinha ido ao "Brickyard" em 1952 - Vukovich vinha de novo a liderar quando na volta 55, três pilotos que estavam a sua frente - um deles o futuro vencedor Rodger Ward - sofreram um acidente em cadeia, do qual Vukovich era o primeiro atrás deles. Ele atingiu o carro de Johnny Boyd em cheio e capotou por quatro vezes, antes de ficar em chamas. Teve morte imediata. Tinha 36 anos.
Vukovich tornou-se no segundo vencedor de Indianápolis a morrer enquanto defendia o seu titulo e o único que sofreu o seu acidente fatal enquanto liderava a corrida.
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