Monza, 1966. Jochen Rindt contempla o motor Maserati V12 do seu Cooper, pensando com os seus botões sobre o que fazer com ele e como melhorar a sua performance naquele fim de semana. Ele acabaria por chegar ao quarto lugar da corrida, e ainda iria ter mais um pódio em Watkins Glen - tinha tido um segundo lugar em Spa-Francochaps e um terceiro lugar em Nurburgring - acabando o ano na terceira posição, atrás de Dennis Hulme e Jack Brabham, nos imbatíveis Brabham-Repco nesse ano.
No outro lado da fotografia está um jovem mecânico de 19 anos, a ver como está o seu Cooper, se ficará a postos para que ele possa dar umas voltas no veloz circuito italiano, que quatro anos mais tarde, seria a sua sepultura. Esse jovem mecânico chama-se Ron Dennis, e estava a começar uma carreira que iria cobrir meio século e iria marcar o automobilismo de muitas maneiras. O mecânico Ron está aqui a aprender o oficio, mas também a aprender como funcionam as coisas por aqui, para poder aproveitar no seu beneficio, mais tarde na vida.
Depois da Cooper, Dennis seguiu Rindt para a Brabham, e lá ficou até 1971, altura em que se envolveu na Formula 2, primeiro com a Rondel, e depois com a Project Four, voltando à categoria máxima do automobilismo no final de 1980, quando lhe pediram para tomar conta da McLaren, em decadência desde 1977. Pelo meio, houve uma tentativa frustrada em 1974, quando o seu patrocinador saiu de cena, quando ele construiu um chassis para o efeito, chassis esse que virou Token e foi guiado por Tom Pryce.
Hoje. Dennis anunciou que abandonava - contrariado - a McLaren. Foram 36 anos de bons serviços do qual, mais do que salvar a equipa fundada por Bruce McLaren em 1965, fê-lo regressar às vitórias e marcar toda uma época, como fez a Ferrari. É a segunda equipa mais antiga na Formula 1, e conseguiu durante o seu tempo vencer sete títulos mundiais de Construtores e nove de pilotos, desde Niki Lauda, em 1984, até Lewis Hamilton, em 2008, passando pelos três títulos mundiais de Alain Prost e outros tantos de Ayrton Senna. Aliás, de 1988 a 1992, todos os títulos pertenceram a pilotos da McLaren.
E a saída de cena de Ron Dennis significa também o final de cena de toda uma geração. Luca de Montezemolo e Flavio Briatore já seguiram para outros lados, Jean Todt está no seu cadeirão da FIA, Max Mosley goza a reforma, tal como Eddie Jordan, e dentro em breve, Frank Williams e Bernie Ecclestone também sairão de cena. Ficam por aqui personagens como Toto Wolff ou Christian Horner, na casa dos 40 anos e que "beberam" os ensinamentos desta gente, querendo fazer tão bem como eles, numa século XXI cada vez mais desafiante.
Resta saber o que acontecerá à própria McLaren. Não tanto a equipa de Formula 1, ou à marca de automóveis que foi agora fabricada nestes últimos anos, e que vende supercarros com algum sucesso. Mas se a marca conseguiu sobreviver à morte prematura do seu fundador, em 1970, para alcançar os sucessos que todos nós conhecemos, é provável que a equipa de Woking fará o seu melhor para conseguir seguir em frente, alcançando mais sucessos para as novas gerações. É sinal de que o legado segue em frente.
Depois da Cooper, Dennis seguiu Rindt para a Brabham, e lá ficou até 1971, altura em que se envolveu na Formula 2, primeiro com a Rondel, e depois com a Project Four, voltando à categoria máxima do automobilismo no final de 1980, quando lhe pediram para tomar conta da McLaren, em decadência desde 1977. Pelo meio, houve uma tentativa frustrada em 1974, quando o seu patrocinador saiu de cena, quando ele construiu um chassis para o efeito, chassis esse que virou Token e foi guiado por Tom Pryce.
Hoje. Dennis anunciou que abandonava - contrariado - a McLaren. Foram 36 anos de bons serviços do qual, mais do que salvar a equipa fundada por Bruce McLaren em 1965, fê-lo regressar às vitórias e marcar toda uma época, como fez a Ferrari. É a segunda equipa mais antiga na Formula 1, e conseguiu durante o seu tempo vencer sete títulos mundiais de Construtores e nove de pilotos, desde Niki Lauda, em 1984, até Lewis Hamilton, em 2008, passando pelos três títulos mundiais de Alain Prost e outros tantos de Ayrton Senna. Aliás, de 1988 a 1992, todos os títulos pertenceram a pilotos da McLaren.
E a saída de cena de Ron Dennis significa também o final de cena de toda uma geração. Luca de Montezemolo e Flavio Briatore já seguiram para outros lados, Jean Todt está no seu cadeirão da FIA, Max Mosley goza a reforma, tal como Eddie Jordan, e dentro em breve, Frank Williams e Bernie Ecclestone também sairão de cena. Ficam por aqui personagens como Toto Wolff ou Christian Horner, na casa dos 40 anos e que "beberam" os ensinamentos desta gente, querendo fazer tão bem como eles, numa século XXI cada vez mais desafiante.
Resta saber o que acontecerá à própria McLaren. Não tanto a equipa de Formula 1, ou à marca de automóveis que foi agora fabricada nestes últimos anos, e que vende supercarros com algum sucesso. Mas se a marca conseguiu sobreviver à morte prematura do seu fundador, em 1970, para alcançar os sucessos que todos nós conhecemos, é provável que a equipa de Woking fará o seu melhor para conseguir seguir em frente, alcançando mais sucessos para as novas gerações. É sinal de que o legado segue em frente.
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