Depois do despiste de Thierry Neuville na tarde de ontem, era uma questão de levar o carro até ao fim. Sebastien Ogier venceu o rali de Monte Carlo, a primeira prova de um mundial com carros novos, regras novas e novos desafios na estrada, perante máquinas bem mais velozes do que as anteriores. A única grande surpresa foi que Jari-Matti Latvala ficou com o segundo lugar, dando à Toyota um bom resultado neste seu regresso à competição. E tudo isso beneficiando da avaria que sofreu Ott Tanak no inicio do dia de hoje, que o fez perder um segundo posto mais do que seguro.
Apesar da vitória, Ogier, consciente das circunstâncias do seu triunfo, decidiu colocar água na fervura quando questionado se isto seria a caminhada até novo título mundial, mesmo ao volante de um Ford Fiesta WRC. “Este triunfo não significa que a temporada vá ser fácil. Sabemos que temos de continuar a trabalhar muito. Estamos contentes porque pelo menos começámos o novo ano com muitos pontos”, afirmou o piloto francês, que venceu aqui pela quarta vez consecutiva.
Para Thierry Neuville, o grande derrotado deste rali, apenas os pontos que conseguiu na Power Stage é que foram um pequeno consolo para o grande rali que o piloto belga fez, e deixou no ar o potencial do novo Hyundai i20.
"Quis puxar ao máximo na Power Stage de modo a somar alguns pontos. Durante a especial estava a nevar pelo que sabíamos que as condições estavam muito traiçoeiras, mas felizmente tudo correu bem. O facto de ter sido o mais forte na última especial do rali serviu de consolação por aquilo que perdemos no fim de semana. O novo carro é fantástico de pilotar e é a garantia de que teremos uma época promissora à nossa frente”, concluiu.
Já Jari-Matti Latvala estava contente pelo resultado que tinha alcançado com a nova máquina da Toyota: “Estou contente com resultado que obtive, mas lamento o que aconteceu ao Ott Tanak, que estava em segundo antes de ter problemas. Se me dissessem antes do rali começar que iria ficar em segundo não acreditaria. Este resultado iguala o meu melhor desempenho no Mónaco. Foi um rali difícil onde estive preocupado essencialmente com a gestão dos pneus. Na última especial existia alguma neve pelo que não foi fácil encontrar aderência”, contou.
O último dia do Rali de Monte Carlo não teve grande história, excepto os problemas que sofreu Tanak na 15ª especial. e o cancelamento da 16ª devido ao excesso de espectadores. Primeiro, o piloto estónio começou a ver o seu motor a trabalhar em apenas dois cilindros, atrasando-se e vendo aproximar o Toyota de Latvala, que o apanhou e ficou com o segundo posto. No final, conseguiu pontos para a Power Stage e ainda salvou o terceiro lugar da geral.
Atrás, Dani Sordo conseguiu levar a melhor sobre Craig Breen e foi quarto, dando um pequeno consolo para a Hyundai, depois da desilusão causada pela saída de Thierry Neuville. Elfyn Evans fez uma prova de recuperação e acabou no sexto posto, na frente de Anders Mikkelsen, o melhor dos WRC2, a bordo do seu Skoda. Jan Kopecky ficou com o oitavo posto, enquanto que Sebastien Lefebvre conseguiu apanhar os carros de Bryan Bouffier e Pontus Tiedmand para ficar com o nono posto da geral, no segundo dos Citroen que chegaram ao fim.
Agora, o Mundial segue para a Suécia, onde se disputará o rali local entre os dias 10 e 12 de fevereiro.
Sem comentários:
Enviar um comentário